Bolsonaro fala sobre possível prisão: ‘Não vou sair do Brasil, vou morrer na cadeia’


Ao ser questionado sobre o processo, Bolsonaro, que após perder o pleito para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou uma temporada nos Estados Unidos, garantiu que não pretende deixar o Brasil.

“Eu, com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum. Eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, disse.

O ex-presidente é acusado no processo em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por liberar organização criminosa armada, além dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio público, além de deterioração de patrimônio tombado e golpe de Estado. Em uma eventual condenação, a pena pode ultrapassar 40 anos de prisão.
“Estão previstos 40 anos de cadeia, me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, acrescentou. No último mês, Bolsonaro passou pela sétima cirurgia por conta da obstrução do intestino, consequência da facada sofrida em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral de 2018.
Além disso, Bolsonaro declarou que sofre perseguição do Judiciário brasileiro, que tem o objetivo de impedir sua eventual candidatura nas eleições presidenciais de 2026.
Durante a entrevista, o ex-presidente também comentou a última decisão do STF contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a dez anos de prisão e perda do mandato parlamentar por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para Bolsonaro, a pena “não tem cabimento”.

Bolsonaro admitiu discussão de estado de sítio com chefes militares

Também nesta semana, em entrevista ao portal UOL, o ex-presidente declarou ter debatido com comandantes das Forças Armadas a possibilidade de um estado de sítio, além de reiterar sua posição de que está sendo julgado de forma política pelo STF.
Inelegível até 2030, Bolsonaro afirmou acreditar em um milagre caso venha a ser condenado. Ao veículo, o ex-presidente reconheceu ter conversado sobre estado de sítio e estado de defesa com comandantes militares após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recusar os recursos do Partido Liberal que contestavam o resultado da eleição de 2022.
À época, o partido havia recorrido ao tribunal, alegando suspeitas sobre as urnas eletrônicas usadas no segundo turno. Como não foram apresentadas provas, o TSE rejeitou a contestação e ainda aplicou multa ao PL por litigância de má-fé.
De acordo com o ex-presidente, diante da situação, a alternativa foi “conversar com pessoas de confiança mais próximas”.
“É o meu círculo de amizade, eu fui militar”, disse à época. Bolsonaro voltou a dizer que questionou os militares sobre quais medidas estariam disponíveis para ele “dentro das quatro linhas da Constituição”.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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