Via @terrabrasil | Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito das joias nesta quinta-feira, 4. A investigação apura se o ex-presidente e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias, recebidas por ele quando ocupava a presidência do Brasil.
Ele foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. As informações são da Globo News.
Na prática, o indiciamento representa a última etapa do inquérito. Portanto, a investigação da PF considera haver elementos e indícios suficientes para apontar ao Ministério Público que o investigado é o possível autor de um crime. Nesse caso, está sendo apontado que os itens de alto valor foram omitidos do acervo público e vendidos para enriquecer Bolsonaro, que deu aval para parte das operações de venda.
O conjunto de joias foi recebido por Bolsonaro durante sua visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019, e inclui anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (“masbaha”), todas peças cravejadas de diamantes.
Próximos passos
Agora, o relatório final sobre o caso, com as conclusões detalhadas, foi enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que é relator do caso.
Na sequência, Moraes encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que é responsável por analisar o material e decidir se há evidências suficientes para o pedido de indiciamento de Bolsonaro — ou se ainda serão necessárias novas diligências. A PGR também pode fazer alterações na lista de crimes atribuídos ao indiciado.
Se a PGR optar pela denúncia, fica a cargo do STF decidir se os acusados se tornarão réus, se o caso será enviado à primeira instância ou deve ser arquivado.
Conjunto de joias femininas que deu origem à investigação
Foto: Reprodução/Fantástico