Os economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação para 2024 e 2025. As informações constam no Relatório “Focus” (Boletim Focus), divulgado na manhã desta segunda-feira (26) pelo Banco Central (BC).
A previsão para 2024 aumentou pela sexta semana consecutiva, passando de 4,22% para 4,25%, distanciando-se cada vez mais da meta central de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que considera a meta cumprida se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para 2025, a expectativa de inflação também subiu, de 3,91% para 3,93%.
O Banco Central, ao definir a taxa básica de juros, já está mirando nas metas de inflação para o próximo ano e para os 12 meses até meados de 2026.
A alta da inflação impacta diretamente o poder de compra, especialmente dos que recebem salários menores, uma vez que os preços dos produtos aumentam sem que os salários acompanhem.
Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 2,23% para 2,43%. O PIB, que mede a evolução da economia ao somar todos os bens e serviços produzidos no país, teve sua previsão de alta para 2025 reduzida de 1,89% para 1,86%.
Os economistas mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano até o final de 2024, indicando que não esperam novas alterações na taxa no restante deste ano. Para 2025, a projeção do juro básico permaneceu estável em 10% ao ano, sugerindo uma expectativa de corte dos juros no próximo ano.
Quanto ao dólar, a previsão para a taxa de câmbio no fim de 2024 aumentou ligeiramente de R$ 5,31 para R$ 5,32, enquanto para 2025, a estimativa se manteve em R$ 5,30.
A balança comercial, que representa o saldo entre exportações e importações, teve sua previsão de superávit elevada de US$ 82,4 bilhões para US$ 83,5 bilhões em 2024, e de US$ 78,5 bilhões para US$ 79,5 bilhões em 2025.
Por fim, a expectativa para o ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil também aumentou, de US$ 70 bilhões para US$ 70,3 bilhões em 2024, e de US$ 71,2 bilhões para US$ 72 bilhões em 2025.
Fonte: gazetabrasil