BMW Série 3 M Sport: 5 razões para comprar e 5 motivos para pensar bem


Não é novidade que a concorrência na venda de carros do Brasil é gigantesca. Isso explica o fato de que, na maioria das vezes, a disputa entre as categorias de veículos é acirrada. Só que sempre surgem alguns modelos que conseguem se destacar diante dos rivais nos emplacamentos. Este é o caso, por exemplo, do BW Série 3.

De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o sedã médio da BMW soma 2.484 comercializações entre janeiro e agosto de 2025. Portanto, a diferença é bem grande para os principais concorrentes. Afinal, o Mercedes-Benz Classe C teve somente 800 vendas no período, enquanto o Audi A5 registrou apenas 120 emplacamentos.

Por isso, Autoesporte testou recentemente a versão M Sport do BMW 320i, que custa R$ 387.950, e mostra agora cinco razões para comprar o modelo e mais cinco motivos para pensar bem antes de entrar em uma concessionária da marca alemã.

Para começar com os pontos positivos do sedã, não tem como não falar da dinâmica de dirigibilidade e de conforto. Isso porque o sistema de suspensão independente McPherson instalado na dianteira e multilink na traseira é calibrado na medida certa. Afinal, ainda seja um sedã com uma leve pegada esportiva (com molas e amortecedores mais rígidos), há poucos balanços na cabine até mesmo em ruas irregulares.

Além disso, trata-se de um carro que passa muita segurança para o motorista até mesmo em curvas fechadas ou em velocidades mais altas, o que é muito importante para uma direção precisa. E para fechar com chave de ouro, o volante é revestido de couro e tem toque macio, para que não seja um problema passar horas dirigindo.

O que também chama a atenção no BMW Série 3 é o consumo. Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o sedã alemão faz 7,4 km/l na cidade e 9 km/l na estrada com etanol no tanque. Quando abastecido com gasolina, os números sobem para 10,5 km/l em ciclo urbano e 13,1 km/l em rodoviário.

Além de ser o único flex entre os principais rivais, acaba sendo (bem) mais econômico na comparação com o A5, por exemplo, que registra 8,7 km/l e 11,5 km/l, respectivamente, sempre com gasolina. O Classe C até oferece números um pouco melhores, de 11,4 km/l e 14,7 km/l. De qualquer forma, é importante lembrar que o sedã da Mercedes-Benz é o único equipado com motorização híbrida-leve (MHEV).

A cabine do BMW Série 3 é outro ponto que agrada. Além de uma ótima ergonomia, há duas telas interligadas (e curvadas para o motorista) que dão um charme extra de sofisticação. O painel de instrumentos tem 12,3” e a central multimídia entrega 14,9 polegadas com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Fora isso, o funcionamento do sistema é muito intuitivo e, para melhorar, bastante eficaz. Afinal, nunca trava, o que ajuda bastante no uso dos mapas.

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Assim como esperado, o BMW 320i M Sport é bem equipado no quesito itens de segurança. Mas, mais do que isso, os assistentes têm um ótimo funcionamento, o que não é tão fácil de encontrar no mercado. O alerta de ponto cego, por exemplo, é extremamente preciso e ajuda bastante o condutor na hora de trocar de faixa. Para completar, a travagem automática e as intervenções de direção acontecem somente em situações de perigo.

Para completar a lista dos cinco pontos positivos, o Série 3 tem o pacote de revisões mais barato que o dos rivais. De acordo com o Qual Comprar 2025, um superguia feito por Autoesporte com avaliações de mais de 180 carros, o valor das revisões do sedã feitas em concessionárias nos primeiros cinco anos de uso é de R$ 13.947. Por outro lado, o preço é de R$ 16.800 no Classe C e de R$ 14.339 no A5.

Por outro lado, o BMW Série 3 é equipado com motor 2.0 turbo flex que entrega até 184 cv de potência e 30,6 kgfm de torque. Já o câmbio é automático de oito marchas. Certamente a potência está longe de ser um ponto negativo para um carro desse porte. No entanto, deixa a desejar quando comparado com os rivais.

Isso porque o novo A5 desenvolve ótimos 272 cv. Por isso, na prática, o sedã da BMW acaba sendo bem mais lento, com aceleração de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos, contra 5,9 segundos do também concorrente alemão. O Classe C entrega 258 cv, mas faz o mesmo percurso em 7,3 s.

E ainda que o Série 3 tenha incríveis 2,85 metros de entre-eixos e proporcine um ótimo espaço interno aos passageiros na segunda fileira, o túnel central alto deixa a desejar. Com isso, apenas crianças conseguem se acomodar com conforto no assento do meio. Afinal, fica impossível um adulto encontrar um espaço para os pés sem atrapalhar o coleguinha ao lado.

Junto disso, o porta-malas do sedã médio da BMW tem uma peculiaridade. São apenas 365 litros de capacidade por conta de um estepe temporário que acaba ocupando 125 litros do bagageiro. E olha que o Série 3 ainda vem equipado com pneus run-flat, capazes de rodar até 80 km/h mesmo depois de furados. De qualquer forma, o tamanho do compartimento deixa a desejar, mas pelo menos compensa por oferecer abertura e fechamento elétricos.

Junto dos assistentes de segurança, o sedã da BMW traz sensores, visão 360º e, claro, câmera de ré. O problema é que, durante à noite, o último item acaba não ajudando tanto o motorista porque a imagem que aparece na tela é bastante escura. Então caso você chegue em casa tarde e precise estacionar em vagas apertadas, vai precisar contar com o sistema mais tradicional de espelho retrovisor.

Por fim, o BMW 320i não muda desde 2019, quando a atual geração foi lançada. Portanto, está exatamente igual há seis anos, enquanto os concorrentes receberam atualizações recentemente. E mesmo assim, o Série 3 é o mais caro do três com preço de R$ 387.950 — e é o único produzido no Brasil, mais especificamente em Araquari (SC). Os importados Audi A5 e Mercedes-Benz Classe C são vendidos por R$ 379.990 e R$ 384.900, respectivamente.

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Fonte: direitonews

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