BMW i7 M70 tem 660 cv, mas passa longe de ser um sedã elétrico esportivo; testamos


O carro elétrico mais potente da história da BMW não é um esportivo da linha Motorsport, e sim um sedã executivo. Me refiro ao novo i7 M70, variante sustentável do luxuoso Série 7 que deve chegar ao Brasil no ano que vem. Autoesporte esteve em Lisboa (Portugal) para conhecer o modelo em primeira mão.

Dinâmica de pista, visual arrasador e preparação exclusiva são características comuns entre todos os BMW que levam a letra “M” antes do próprio nome (por exemplo, a dupla M2 e M3). Este, porém, não é o caso do i7 M70.

O chamariz do novo sedã elétrico é justamente a sofisticação, o conforto e a tecnologia embarcada. Diante disso, o lugar mais interessante do carro é o banco traseiro — algo impensável para um M “legítimo”.

Mas vamos por partes, pois o i7 M70 proporciona uma experiência completa. Para começar, basta se aproximar do veículo para que a porta abra automaticamente, sem qualquer intervenção do motorista. Nem é necessário usar a chave, pois o aplicativo da BMW instalado no celular pode substituí-la.

Isso também vale para o acesso ao banco traseiro, a parte da cabine mais usada pelos donos do i7. Com o celular no bolso, a porta se abrirá automaticamente para o patrão, poupando o trabalho do chofer. Willkommen, boss!

Acomodo-me no confortável banco traseiro revestido de couro vegano e reparo que o painel da porta tem uma pequena tela de 5,5 polegadas. Ali são controladas as funções de ventilação, persianas e massageadores.

Tal qual o Range Rover Sport, o i7 oferece um “modo chofer”, em que o banco do passageiro dianteiro é totalmente projetado à frente e um apoio para as pernas se ergue na parte traseira. Agora é só reclinar a poltrona e aproveitar a grande tela OLED de 33 polegadas, com resolução 8K e sistema de som premium da Harman Kardon.

A partir daí, o céu é o limite. O i7 tem conexão HDMI para a TV de bordo, permitindo a conexão de notebooks e videogames. Você precisará apenas de um adaptador para a tomada de 12V.

O sistema nativo também tem várias funções de entretenimento, como acesso ao Amazon Prime, Netflix, HBO e Star Plus. A BMW também desenvolveu jogos que podem ser controlados usando o smartphone de joystick. Até cinco pessoas podem jogar ao mesmo tempo.

Outra novidade da parte de conectividade é que o sistema operacional do i7 foi atualizado e agora permite o acesso direto ao YouTube. Em uma parceria inédita com a Bundesliga, também é possível assistir jogos do campeonato alemão. Para usar a nova função, o carro deve estar parado, com o câmbio no “P”.

Conversei com Oliver Sieghart, responsável pelo design dos painéis dos carros da BMW. Ele comentou sobre a “modinha” das telas integradas para painel de instrumentos e central multimídia.

“É difícil fugir desse padrão. A tendência é que ele se mantenha por alguns anos em todo o mundo. Mas, com um pouco de criatividade, dá para fazer algo mais estiloso e diferente”, afirmou.

Para a BMW, isso se converteu em transformar acabamentos em telas. Agora, nas partes em que havia aço escovado ou borracha, a BMW colocou alguns painéis iluminados que dão uma vibe bem futurista para o i7.

O i7 tem dois motores elétricos que desenvolvem 660 cv e 112,2 kgfm. Estes números só estão disponíveis com o launch control ativado, mas o sedã se mostra vigoroso mesmo em seus modos menos permissivos.

Na Ponte Vasco da Gama, a maior da União Europeia, piso com força no acelerador e sinto o corpo grudar no banco imediatamente. O torque instantâneo surge como um tiro de canhão.

Não deu para acelerar muito, infelizmente. O limite rodoviário de 130 km/h em Portugal acabou com a festa, mas ainda foi possível aproveitar algumas esticadas, principalmente ao sair dos pedágios (ou “portagens”, como dizem nossos conquistadores).

De acordo com a BMW, o i7 pode atingir 100 km/h em 4,7 segundos — quase um segundo a mais do que o SUV iX M60, que cumpre a mesma marca em 3,8 s.

O BMW i7 em sua versão M70 tem bateria de 102 kWh capaz de proporcionar até 560 km de autonomia quando totalmente carregada, em ciclo WLTP. Este alcance será menor no Brasil, pois o Inmetro utiliza um padrão diferente nos testes.

Há uma sacada para os momentos de aperto com a autonomia. O BMW i7 estreia o novo modo chamado de Max Range, que reduz várias funções do carro (como a entrega de potência e recursos eletrônicos de conforto) e proporciona um ganho de autonomia de 25%. O recurso deve ser utilizado apenas em emergências.

A suspensão foi preparada pela BMW Motorsport. Além de mais rígida, é 8 mm mais baixa do que o i7 normal. Visualmente, essa característica nem chega a ser percebida por conta dos rodões de 21 polegadas.

Possivelmente em 2024, mas sem uma data específica. O único tópico que pode impedir sua chegada é o preço, tendo em vista que o M70 é muito mais caro do que o xDrive60 no mercado europeu. A diferença entre as versões chega a ser de 24%.

Tomando a diferença de preço na Europa como base, é possível que a versão M70 encoste nos R$ 2 milhões, já que a versão xDrive60 é vendida no Brasil pela bagatela de R$ 1.282.950. Vamos aguardar!

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Fonte: direitonews

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