Bloqueio de rodovias: procuradores-chefes se reúnem com ministro da Justiça e diretores da PRF e da PF


Desde o início dos protestos, MPF atua para garantir a liberação total das rodovias


Leonardo Prado/Secom/PGR

Os procuradores-chefes das unidades do Ministério Público Federal (MPF) se reuniram na manhã desta terça-feira (8) com o ministro da Justiça, Anderson Torres, e os diretores-gerais das polícias Federal e Rodoviária Federal, Márcio Nunes e Silvinei Vasques, respectivamente. O encontro realizado em Brasília foi articulado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para que os chefes das corporações explicassem o que têm feito para enfrentar o problema e também para que ouvissem o relato dos membros do MPF sobre a realidade nos estados. Desde a noite do dia 30 de outubro, quando foram registrados os primeiros bloqueios, o MPF – em todas as suas instâncias – atua para garantir a liberação das vias públicas e também assegurar a investigação da prática de eventuais crimes.

Na reunião, o ministro da Justiça destacou o trabalho realizado, reiterando informações já externadas pelo órgão no sentido de que todas as providências cabíveis têm sido adotadas. O diretor-geral da PRF relatou aos procuradores que, desde o primeiro dia, a corporação tem mantido um efetivo entre 3mil e 4,5 mil agentes nas ruas todos os dias. Em situações normais, segundo ele, esse número é de 1,5 mil. Ele informou ainda a aplicação de 7,3 mil multas e a identificação de 150 pessoas. Dados que, segundo Vasques, já foram repassados ao Supremo Tribunal Federal.

Os dirigentes das forças policiais destacaram a complexidade do movimento além de mencionar aspectos que dificultam o enfrentamento da situação: a facilidade para se bloquear uma rodovia, a constante alteração dos locais de bloqueio, a falta de lideranças definidas e o baixo efetivo das corporações. Diante do quadro, Anderson Torres pediu apoio do MPF sobretudo para assegurar a viabilização de uma coordenação de esforços para o enfrentamento do problema que, conforme pontuou, é o melhor caminho para solucionar a crise de forma definitiva.

Alguns procuradores-chefes apresentaram relatos da situação em estados específicos como Pará e Mato Grosso onde ainda há registros de rodovias bloqueadas e convocação para novas manifestações. Também relataram providências que incluem articulação com vários órgãos de segurança, inclusive, os mantidos pelos estados, caso das polícias civil e militar.

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