Poucos dias antes da chegada do primeiro turno da eleição, no último domingo (2), a atriz Betty Faria, 81, recorreu às rede sociais para pedir que o povo deixasse Ciro Gomes (PDT) ser presidente. E acabou sendo muito criticada por ter tornado público a sua escolha.
Não foram poucos os xingamentos e as mensagens desrespeitosas que ela recebia, mas fazia questão de responder. Em conversa com o F5 na manhã desta segunda-feira (3), no dia posterior à derrota de seu candidato, Betty afirma que não se arrepende de seu apoio e que considera quem a xinga “boboca”.
“Gosto do Ciro pessoalmente, acho um homem preparado para presidir o país, só que ele levou a campanha do jeito que não deu certo. O que as pessoas acham de mim é problema delas. A coisa da invasão da extrema direita no mundo é muito mais séria. O Ciro errou, perdeu, disse coisas que não foram boas, mas continuo gostando dele”, defende.
Agora com um segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) definido, a artista confirma que vai migrar seu voto para o petista por ser “a favor da democracia e contra o autoritarismo” e bater na tecla do que ela chama de “seita do atraso”.
“O buraco é mais embaixo. É o conservadorismo, o tradicionalismo tomando o mundo. Pessoas bobocas que falam mal do STF estão com a cabeça feita pela seita do atraso, do contra a ciência, do fascismo moderno contra velho, judeu, negro, gay e mulher”, opina Betty Faria.
Segundo a atriz, trata-se do momento mais delicado. “Está tudo mudando num mundo de Trump a Putin, uma guerra pela democracia, uma polarização. Muitos não têm noção do perigo que estamos vivendo”, define.