Berger sobre show antes do GP de Miami: “A cultura europeia da F1 não deve ser quebrada”


O ex-piloto de Fórmula 1, Gerhard Berger, está satisfeito em ver que a categoria agora conseguiu se estabelecer nos EUA, mas espera que isso não interfira na ‘cultura europeia’ da F1.

Este ano serão três corridas nos EUA. Além do já tradicional GP dos EUA, em Austin no Circuito das Américas, desde o ano passado o GP de Miami entrou no calendário, e este ano o GP de Las Vegas vai ser realizado em novembro, como a penúltima etapa da temporada 2023.

O recente GP de Miami, recebeu um grande público, comprovando a crescente popularidade da F1 nos EUA, um aumento de interesse iniciado pelo sucesso da série da Netflix sobre a Fórmula 1, ‘Drive to Survive’.

Em Miami, onde as celebridades se aglomeraram no grid antes da corrida, os pilotos tiveram seu próprio tratamento especial na forma de apresentações individuais, incluindo o rapper LL Cool J, como apresentador, uma orquestra, e muita pirotecnia aumentando a experiência.

Não foi algo que Berger realmente gostou, o ex-piloto da Ferrari e da McLaren, afirmou que a ‘cultura europeia’ da F1 deve ser lembrada quando se trata de tais shows americanos.

“Agora, com a Liberty Media no comando, finalmente conseguimos colocar a Fórmula 1 nos EUA”, disse Berger à ServusTV. “Estou feliz por isso.”

“Mas eu digo que a Fórmula 1 tem basicamente uma cultura europeia. Você não deve quebrar essa cultura. Esse componente de grande show dos americanos, que às vezes dilui um pouco a coisa toda, eu pessoalmente não gosto muito, incluindo o documentário da Netflix”, afirmou Berger.

O apoio dos pilotos para essas suas apresentações em formato de show, foi pequeno, com apenas Lewis Hamilton claramente apoiando essa maneira diferente de fazer as coisas antes da corrida.

Mas independentemente de quem gostou ou não, o que está claro é o quão importante o mercado americano se tornou para a F1.

Berger continuou: “Corríamos nos EUA, mas dificilmente conseguíamos despertar entusiasmo lá. Havia um núcleo pequeno de fãs, havia 30.000 espectadores em uma corrida dessas, mas hoje são 300.000 em Miami e até 400.000 em Austin”, finalizou o ex-piloto.

Fonte: f1mania

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