Bélgica propõe maximizar uso de lucros de ativos russos, mas França e Alemanha se opõem, diz mídia


A União Europeia poderá estar pronta para utilizar o primeiro bilhão de euros de lucros em ativos russos para a Ucrânia já no início de julho, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quinta-feira.
A Bélgica seria a favor do uso de títulos garantidos pelos lucros gerados por ativos russos congelados para maximizar seu impacto, disse seu primeiro-ministro Alexander De Croo nesta sexta-feira (22), mas admitiu que ainda não convenceu seus pares do bloco europeu.
A ideia é bastante diferente da utilização de obrigações, uma vez que os Estados-membros trabalharão em uma proposta que veria os lucros canalizados para um fundo gerido pela UE para a compra de armas.

“Essa é a maneira de alavancar os lucros que você tem hoje”, disse De Croo, citado pela Reuters.

Vários diplomatas da UE confirmaram que a ideia dos títulos belgas foi lançada, mas poderá ter dificuldades em ganhar força, uma vez que o Banco Central Europeu, a Alemanha e a França expressaram a sua oposição, disse um diplomata à mídia.
“Acredito que o que faremos é usá-lo [o dinheiro] diretamente e não para desenvolver novos veículos agora. De qualquer forma, isso não desempenhou um papel nos debates aqui”, afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Uma das torres do Kremlin de Moscou, Rússia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 21.03.2024

O diplomata do bloco europeu disse: “É um balão de teste belga […] os belgas já o lançaram antes, mas não obteve muita força até agora.” Segundo a mídia, Washington também pressiona por uma ideia semelhante. “Não é algo que nos interesse“, afirmou o diplomata.

“Os americanos estão a pressionar isto, mas é totalmente por causa do Congresso”, acrescentou.

Ao abrigo do atual plano da UE, as receitas provenientes dos ativos, tais como pagamentos de juros, seriam encaminhados ao Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, um fundo extra orçamental que fornece ajuda militar a países fora da UE e tem sido utilizado principalmente para a Ucrânia.
O Kremlin disse na sexta-feira (22) que os departamentos jurídicos dos bancos ocidentais compreendiam as “consequências catastróficas” que se seguiriam caso a UE prosseguisse com os planos de confiscar ativos russos.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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