Galípolo, que acompanha a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em visita oficial a Pequim, formalizará o compromisso durante um encontro com Pan Gongsheng, presidente do banco central chinês.
Segundo comunicado oficial do Banco Central, a principal finalidade do acordo é garantir recursos para o bom funcionamento do sistema financeiro em eventuais momentos de necessidade.
De acordo com os termos estabelecidos, os valores em reais que forem entregues ao Banco Popular da China serão depositados em uma conta especial no Banco Central, de uso exclusivo para fins relacionados à execução do acordo.
Na formalização das operações, o Banco Central deve levar em consideração as cotações das moedas nos mercados de câmbio nacional e internacional, bem como as taxas de juros e os prêmios de risco associados aos títulos soberanos em circulação nos mercados financeiros interno e externo.
O objetivo é assegurar que os termos do acordo mantenham o equilíbrio econômico e financeiro das obrigações envolvidas.
O Banco Central informou, ainda, que possui um acordo semelhante com o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED, na sigla em inglês). Tornado permanente em 2021, esse arranjo permite ao Banco Central obter dólares mediante operação compromissada, usando títulos do Tesouro estadunidense como garantia.
A instituição também revelou que está em conversa com outros bancos centrais para estabelecer parcerias similares e destacou que os acordos de swap cambial se tornaram mais frequentes entre bancos centrais após a crise financeira de 2007.
Por parte da China, o Banco Popular já mantém 40 acordos de swap similares com diferentes países, incluindo Canadá, Chile, África do Sul, Japão, Reino Unido, além do Banco Central Europeu.
Fonte: sputniknewsbrasil