BC: déficit em conta corrente do país em fevereiro é o menor desde 2017


Menor número para o mês, desde 2017, o déficit em conta corrente do país totalizou em fevereiro último US$ 2,815 bilhões em fevereiro, abaixo, portanto, do estimado por economistas (US$ 5 bilhões), segundo divulgou, nesta segunda-feira (27), o Banco Central (BC), ao atribuir o resultado ao recuo de remessas de lucros e dividendos, assim como das despesas com juros.

Em decorrência da performance do mês passado, no primeiro bimestre deste ano, o saldo negativo das transações correntes nacionais é de US$ 11,897 bilhões, que chega US$ 54,4 bilhões em 12 meses (2,78% do Produto Interno Bruto (PIB), ante o déficit de US$ 46,8 bilhões (2,81% do PIB), de fevereiro do ano passado.

Em contrapartida, a ‘surpresa’ negativa ficou por conta dos investimentos diretos no país (IDP), de US$ 6,5 bilhões em fevereiro de 2023, bem abaixo dos US$ 10,8 bilhões de igual período de 2022. Em 12 meses, o saldo acumulado totalizou US$ 88 bilhões (4,49% do PIB) em fevereiro de 2023, ante US$ 92,3 bilhões (4,75% do PIB) no mês anterior e US$ 50,2 bilhões (3,01% do PIB) em fevereiro de 2022.

Apesar de constituírem o menor ingresso de investimentos diretos no país, desde 2020 (período marcado pela crise pandêmica mundial), para o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, os níveis de investimento direto no país seguem “elevados, acrescentando que “é cedo para afirmar que há uma desaceleração em curso, uma vez que ainda há financiamento “tranquilo”.

Em outro dado sobre o setor externo, a conta de renda primária apresentou, no mês passado, déficit de US$ 3,435 bilhões, bem inferior ao saldo negativo de US$ 5,166 bilhões, em igual mês de 2022, devido ao recuo no déficit da conta de juros quanto, assim como das remessas de lucros e dividendos.

No que se refere à balança comercial, fevereiro apresentou superávit de US$ 2,509 bilhões, aquém dos US$ 3,6 bilhões registrados em igual mês de 2022. Já a conta de serviços, por sua vez, apurou déficit de US$ 2,029 em fevereiro último, ante US$ 2,801 bilhões de fevereiro do ano passado.

Por fim, as reservas internacionais tupiniquins totalizaram US$ 328,1 bilhões no mês passado, o que representa queda de US$ 3,0 bilhões ante janeiro, devido a contribuições negativas de variações por preços (US$ 3,7 bilhões), e por paridades (US$ 2,2 bilhões). No que toca ao retorno líquido em operações de linhas com recompra, o montante atingiu US$ 2,5 bilhões, ao passo que as receitas de juros alcançaram US$ 521 milhões.

Fonte: capitalist

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