A banda brasiliense Trampa lançou, nesta quinta-feira (27/10), o single Fogo. A música traz uma nova crítica ao governo federal e chega para ser uma sequência de Farda, que tem o mesmo intuito. A canção é introdução para o álbum gravado ao vivo no Porão do Rock, em Brasília, que será lançado em 2023. O grupo é formado por André Noblat (vocal), Pedrinho “Bap” Cardoso (baixo), Rafael Maranhão (guitarra), Arnoldo Ravizzini (bateria) e Rodrigo Vegetal (guitarra).
Diferentemente de Farda, que trazia uma crítica contra o descaso do Governo com a pandemia, Fogo é menos poética e mais direta. Para chegar ao resultado final, Noblat diz que foi muito provocado pelo produtor Diego Marx a deixar de lado as metáforas e colocar o dedo na ferida. “Ele me provocou muito a falar sem rodeios”, diz o cantor.
Trampa-lançamento-FogoA banda brasiliense Trampa lançou, nesta quinta-feira (27/10), o single FogoRyan Abramowitz
Trampa-lançamento-FogoA música traz uma nova crítica ao governo federal e chega para ser uma sequência de Farda, que tem o mesmo intuitoRyan Abramowitz
Trampa-lançamento-FogoA canção é introdução para o álbum gravado ao vivo no Porão do Rock, em Brasília, que será lançado em 2023Thaís Mallon
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“Por isso, tentei levar pra esse lado mais explícito, que não é uma coisa que eu costumo fazer. Todas as músicas do TRAMPA são bem políticas, mas com um pouco mais de poesia. Eu não mando ninguém calar a boca. Dessa vez eu tive que seguir por essa linha. Era o que eu estava sentindo”, completou o vocalista.
A letra da canção permeia todos os temas que estiveram em alta ao longo do período mais crítica do país: negacionismo, desmatamento, grilagem de terras indígenas, preconceito contra pessoas negras e LGBTQI+, a violência e o incentivo para compra de armas. O som da guitarra serve como uma liga entre o rock e o grunge e ainda conta com alguns acordes de cavaquinho da banda Machete Bomb.
“Ela foi composta tendo em mente o crescimento galopante das tendências conservadoras e fascistóides no Brasil e no mundo. Depois de um golpe, e de quatro anos de um governo de extrema direita que mutilou o país e expôs esse pensamento retrógrado, sentimos a necessidade de fazer uma resposta à altura”, afirmou Rafael Maranhão.
“A ideia é que a música dê um sinal de alerta nesse momento decisivo, para que a gente derrote isso que tá aí”, completou Noblat. A música já foi cantada ao vivo pela banda e contou com a aprovação do público.
