Banco Mundial dá sinal verde de US$ 311 milhões para geração de eletricidade na África Ocidental


O Banco Mundial aprovou US$ 311 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) em financiamento da Associação Internacional de Desenvolvimento para facilitar o aprimoramento da geração de energia renovável conectada à rede na África Ocidental. A nova iniciativa foi batizada de Projeto Regional de Intervenção Emergencial de Energia Solar (RESPITE, na sigla em inglês).
Segundo o Banco Mundial, os beneficiários do financiamento são Chade, Libéria, Serra Leoa e Togo. O projeto oferece uma doação de US$ 20 milhões (cerca de R$ 103,2 milhões) destinada a impulsionar o comércio local de energia e reforçar os aspectos institucionais e técnicos no Grupo de Energia da África Ocidental.
“O principal objetivo do RESPITE é aumentar rapidamente a capacidade de energia renovável conectada à rede e fortalecer a integração regional nos países participantes”, afirmou o Banco Mundial.
Os recursos vão ser direcionados para a instalação e operação de quase 106 megawatts de painéis solares fotovoltaicos com energia de baterias e sistemas de armazenamento, 41 megawatts de expansão da capacidade hidrelétrica e devem facilitar a distribuição de eletricidade em toda a região.
O projeto é especialmente pensado para resolver os problemas de energia gritantes da África Ocidental, já que a região tem uma das taxas de eletrificação mais baixas e experimenta preços extremamente altos de eletricidade. Além disso, a alta de preços do petróleo aumentou a pressão financeira sobre as empresas de serviços públicos. O Banco Mundial destacou que os países estão à beira de uma crise aguda de fornecimento de energia, que posteriormente pode afetar seu desempenho econômico.
Um homem caminha sob as linhas de energia elétrica no Parque Nomzamo, Soweto, África do Sul, 14 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 18.09.2022

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Segundo a diretora do Banco Mundial para a Integração Regional para a África Subsaariana, Oriente Médio e Norte de África, Boutheina Guermazi, é esperado que o projeto promova a integração regional, para além de melhorar a capacidade de financiamento do abastecimento de eletricidade na região.
“O RESPITE oferece benefícios que ultrapassam as fronteiras dos países e complementa os esforços de integração regional existentes no setor de energia envolvendo todos os Estados-membros da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”, disse ela, acrescentando que “ele [o projeto] fornece economias de escala, aumenta o potencial para o comércio regional por meio de investimentos em infraestrutura de transmissão e geração para integrar os mercados fisicamente e desenvolve o bem público regional ao facilitar o compartilhamento de conhecimento e a capacitação”.
O Banco Mundial observou que o novo projeto faz parte dos esforços da organização para enfrentar a crise energética na África Ocidental e promover a geração de energia renovável na região.

Fonte: sputniknewsbrasil

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