“O Brasil deve avaliar se apoia com mais ênfase as propostas de ampliação do grupo, com entrada de países associados e também de novos membros plenos, algo que é mais complexo, dadas as peculiaridades desse arranjo singular que funciona há mais de dez anos e desde então só admitiu um sócio novo, a África do Sul. Entre os candidatos vale notar que há países com grandes reservas cambiais e em busca de novos caminhos na diplomacia internacional, caso em especial da Arábia Saudita”, afirmou o especialista.
“A Rússia tem a indústria militar e investe muito no seu agronegócio. A Índia tem importante setor de tecnologia de informação e de fármacos. Com os dois países, e também com a China, o Brasil pode e deve desenvolver projetos que atraiam investimentos em áreas de fronteira tecnológica que favoreçam o aprendizado e as parcerias com as empresas brasileiras”, disse Carvalho.
‘Brasil pode fortalecer BRICS seguindo seus próprios interesses’
“É o caso do requerimento de Brasil e Índia para serem membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas]”, cita o professor. “O Brasil pode fortalecer o BRICS seguindo seus próprios interesses e procurando estabelecer cooperação com os demais membros.”