Banco da Inglaterra: economia do Reino Unido esteve à beira de ruptura devido às decisões de Truss


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Andrew Bailey, diretor do Banco da Inglaterra, disse na quinta-feira (3) que a economia do Reino Unido estava potencialmente a horas de uma queda total devido às decisões tomadas por Liz Truss, ex-premiê britânica.
“Acho que, no momento em que interviemos, posso dizer que as mensagens que estávamos recebendo dos mercados eram de que estavam a horas”, afirmou na quinta-feira (3) Bailey em uma entrevista à emissora Channel 4, em resposta a uma pergunta de quanto tempo restava antes de um possível colapso total da economia do país.
Truss se tornou em 6 de setembro a primeira-ministra do Reino Unido, substituindo Boris Johnson, mas apenas esteve 45 dias no cargo. Ela anunciou medidas de redução de impostos e de empréstimos em grande escala, provocando volatilidade e preocupação entre investidores. Em 20 de outubro, ela anunciou sua renúncia em meio às crescentes críticas sobre o novo plano econômico do governo e a possibilidade do resultante aumento da dívida pública.
Bandeira britânica sobre o prédio do Banco de Inglaterra em Londres, Reino Unido, 29 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.10.2022

Em 25 de outubro, Charles III, rei britânico, nomeou Rishi Sunak como novo primeiro-ministro do país. Ele é o primeiro de origem indiana no cargo.
O Reino Unido tem sofrido instabilidade política nos últimos meses, com duas mudanças de primeiros-ministros, e também caos econômico, devido à alta da inflação, que atingiu os níveis mais elevados em 42 anos. Ela foi provocada pelos aumentos dos preços alimentares e de energia, particularmente após as sanções antirrussas impostas a partir de fevereiro de 2022.
Como resultado disso, a libra britânica tem caído em valor, chegando no final de setembro a atingir o valor mais baixo de todos os tempos diante do dólar dos EUA.
Para baixar a inflação, Londres e o Banco da Inglaterra, o banco central britânico, têm subido as taxas de juro, que recentemente atingiram 3%, a mais alta desde 2008. Os maiores custos de financiamento, por sua vez, deverão levar a uma recessão, que duraria até 2024, segundo o banco central do Reino Unido. Ela seria a mais longa desde pelo menos os anos 1920, quando os registros começaram, prevê a entidade.
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