Na manhã desta sexta-feira (30), o Banco Central do Brasil conduziu um leilão de dólares no mercado à vista, a primeira intervenção do tipo desde abril de 2022. O leilão envolveu uma oferta de até US$ 1,5 bilhão em moeda das reservas internacionais, uma medida destinada a controlar a cotação do dólar e conter a desvalorização do real.
A intervenção ocorre em um momento de alta volatilidade no mercado cambial. Na quinta-feira (29), o dólar fechou cotado a R$ 5,62, marcando uma alta de 1,20% em um único dia. Essa elevação na moeda norte-americana foi impulsionada pela expectativa de que o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) possa não reduzir a taxa de juros em meio ponto percentual, como muitos investidores esperavam. A possibilidade de um corte menor na taxa contribuiu para a pressão sobre o real.
De acordo com o Valor Econômico, o Banco Central aceitou uma única oferta no leilão extraordinário de venda de dólares, totalizando US$ 1,5 bilhão, com um diferencial de corte de 0,000170. Após o leilão, a moeda americana, que havia iniciado a sessão com leve queda, passou a subir. Por volta das 9h55, o dólar à vista registrava alta de 0,39%, cotado a R$ 5,6436.
Esta operação de venda de dólares no mercado “spot” foi a primeira desde abril de 2022. Participantes do mercado atribuem a intervenção à necessidade de ajustar o fluxo de dólares, especialmente em um dia de formação da Ptax de fim de mês e ao rebalanceamento da carteira do EWZ (MSCI Brazil). Esses fatores contribuíram para uma maior volatilidade no mercado cambial doméstico.
Fonte: gazetabrasil