Banco Central Europeu quer consenso na decisão sobre uso de ativos russos congelados, diz mídia


“Lagarde declarou que qualquer decisão deve ser acordada por todas as partes que detêm os ativos russos”, diz o comunicado.
A dirigente também destacou que qualquer medida envolvendo esses ativos precisa estar em conformidade com o direito internacional. No entanto, segundo a agência, Lagarde demonstrou preocupação de que uma iniciativa juridicamente controversa por parte dos europeus possa minar a confiança no euro e desestimular investidores a manter ativos nessa moeda, o que poderia prejudicar a estabilidade financeira.
“Vamos monitorar atentamente para garantir que o que for proposto esteja de acordo com o direito internacional e leve em consideração a estabilidade financeira”, disse Lagarde, segundo a Reuters.
Em setembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sugeriu conceder um novo empréstimo à Ucrânia utilizando os ativos russos congelados. Segundo ela, Kiev só precisaria devolver o empréstimo caso a Rússia pague “reparações”.
Países do G7 transferiram bilhões para a Ucrânia provenientes das receitas dos ativos russos congelados - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2025

No entanto, ainda não há consenso dentro da União Europeia sobre essa proposta. O presidente da Comissão de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação da Rússia, Grigory Karasin, afirmou anteriormente à Sputnik que as exigências de reparações feitas por Kiev são “demagógicas”.
Após o início da operação militar russa na Ucrânia, a UE e os países do G7 congelaram quase metade das reservas internacionais da Rússia — cerca de 300 bilhões de euros (R$ 1,8 trilhão). No início de outubro, a Comissão Europeia informou que, entre janeiro e setembro de 2025, transferiu 14 bilhões de euros (R$ 87 bilhões) à Ucrânia provenientes dos rendimentos gerados pelos ativos congelados do Banco Central da Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou repetidamente a medida europeia de congelar ativos russos como “roubo”, destacando que o alvo não são apenas fundos de particulares, mas também ativos estatais. O ministro Sergei Lavrov afirmou que Moscou responderá caso o Ocidente confisque os recursos.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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