Avanço inesperado do PIB ianque sustenta alta de contrato futuro do petróleo


A surpresa do mercado com o avanço de 2,54% do PIB dos EUA no segundo trimestre do ano (2T23), combinado com a desaceleração da inflação ianque, deu novo fôlego às cotações futuras do petróleo, que fecharam em alta, na sessão desta quinta-feira (27). Também chamou a atenção dos analistas o anúncio, por parte da Rússia, de que o país pretende expandir suas exportações da commodity para a África.

Como reflexo, o petróleo tipo WTI (referência estadunidense) para setembro subiu 1,66% (+US$ 1,31) a US$ 80,09 o barril – retomando o patamar de 18 de abril deste ano – na New York Mercantile Exchange (Nymex). Para o mesmo mês, o tipo Brent valorizou 1,59% (+US$ 1,32), cotado a US$ 84,24 o barril.

Para a consultoria Navellier & Associados, os dados econômicos ‘robustos’ da economia dos Estados Unidos foram determinantes para selar a tendência altista do petróleo, na sessão de hoje (27), quando o Departamento do Comércio dos EUA revelou que o PIB dos EUA havia crescido no segundo trimestre do ano, enquanto o núcleo de inflação local ‘desacelerou’ para 3,8%, nível inferior ao previsto pelo consenso do Projeções Broadcast.

No paralelo, contribuíram para o bom momento econômico ianque, tanto a queda nos pedidos de auxílio-desemprego, como a alta nas vendas pendentes de imóveis, fatores que sinalizam o estado de ‘resiliência’ do mercado de trabalho e do setor imobiliário.

Ao mesmo tempo, o mercado assimilou a declaração do ministro de Energia da Rússia, Nikolay Shulginov, de que seu país passou a exportar petróleo para a África, este ano, mediante o fornecimento de 200 mil toneladas no prazo de cinco meses, com a perspectiva de que o suprimento de produtos petrolíferos triplique para 8 milhões de toneladas, no mesmo período. “À medida que a Rússia constrói cada vez mais infraestrutura de transporte, logística e financeira em relação aos suprimentos, esperamos que a dinâmica positiva persista até o final do ano”, acrescentou o ministro russo.

Na avaliação do banco de investimentos  canadense TD Securities, ‘sinais de demanda’ (do petróleo) têm contrabalançado as preocupações macroeconômicas, o que reforça a expectativa de que ocorra um ‘déficit notável’ na oferta do petróleo pelo resto do ano, sustentando, assim, a alta nos preços da commodity nesse período. “Dito isto, é improvável que um programa de compra subsequente de petróleo bruto WTI adicione muito poder de fogo até que os preços ultrapassem US$ 83 o barril”, concluiu, em nota, a instituição financeira.

Fonte: capitalist

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