“O elefante na sala é a questão do Uruguai. Já há alguns anos, os uruguaios vêm buscado uma flexibilização maior e, como tem dificuldades em conseguir isso, eles tem buscado acordos. Brasil, Argentina e Paraguai querem que qualquer acordo seja feito em conjunto, como está previsto no Tratado de 1991, mas o bloco tem dificuldade para que todos os quatro estejam no mesmo passo”, afirmou Paz à Sputnik Brasil.
“Não diria que é só retórica, mas o Mercosul de fato é um bloco muito estático, tem uma dificuldade muito grande”, aponta o analista da FGV.
“O presidente uruguaio está marcando um posicionamento que acho que é muito mais contra paralisia do atual governo brasileiro do que contra o Mercosul. Ele quer demarcar a necessidade de que não podemos ficar sem fazer nada. O pano de fundo é o imobilismo. Essa é uma estratégia que se mostra promissora e creio que isso vai poder ser melhor trabalhado pelo próximo governo, certamente”, avalia Maia.