Aumento de presença dos EUA no Pacífico força outras nações a ‘escolher um lado’, diz general chinês


O ministro da Defesa chinês, Dong Jun, já havia conversado com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, nas margens do Diálogo de Shangri-La, em Singapura, sobre as pressões militares na Ásia-Pacífico. Agora, foi a vez do tenente-general Jing Jianfeng, vice-chefe do Departamento de Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central da China, dar o alerta.
“O verdadeiro motivo é convergir vários pequenos círculos em um grande círculo que é uma versão Ásia-Pacífico da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN], para manter a hegemonia norte-americana”, disse Jianfeng em comunicado na cúpula de segurança em Singapura.
“Os EUA estão reforçando a sua presença militar para forçar outros países a escolherem um lado e avançando na expansão da OTAN para leste”, disse Jing, acrescentando que tais manobras criam o caos e “ligam os países regionais à máquina de guerra norte-americana”.
Ele também chamou os EUA “do maior desafio à paz e estabilidade regionais”.
Jing disse que a estratégia de Washington no Indo-Pacífico visa “trazer a divisão, provocar o confronto e minar a estabilidade”.
Sergei Lavrov, chanceler russo, em coletiva após reunião com seu homólogo chinês, Wang Yi, em Pequim. China, 9 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 09.04.2024

O discurso de Jing veio em resposta à declaração do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, de que a guerra com a China não era iminente nem inevitável. Jing acusou os EUA de procurarem uma aliança semelhante à OTAN na Ásia.
Os EUA procuraram recentemente aprofundar a cooperação com todos os possíveis aliados na região Ásia-Pacífico para apoiar os seus próprios interesses e conter a China. Junto com a Austrália e o Reino Unido, os Estados Unidos formaram a aliança político-militar AUKUS — sob a qual estão expandindo sua frota de submarinos com propulsão nuclear.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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