Atividades com a comunidade marcam acadêmicos da UFMT


Eles somam mais 14 mil em 97 cursos de graduação, presenciais e a distância, distribuídos pelos Câmpus da  Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), conforme dados da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg). Entre a extensa rotina de estudos das mais diversas áreas do conhecimento, alguns se dedicam às atividades para além da sala de aula, como atividades esportivas e programas de educação tutorial, que estimulam a prática de difusão do conhecimento.

Com objetivo de reconhecer esse lugar de aprendizado e que promove o desenvolvimento social, celebramos no próximo dia 11, o Dia do Estudante. A data, criada no ano de 1927, remonta ao dia 11 de agosto de 1827, quando Dom Pedro I inaugurou os dois primeiros cursos de ensino superior do país, nas áreas de Ciências Jurídicas e Ciências Sociais. 

Para o reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva, esse é um momento importante dessa fase que todos nós já passamos,e marcada por lutas. “Para as Universidades, em especial as públicas, como a UFMT, é motivo de felicidade, pois eles são atores que se manifestam e conquistam direitos para continuar propagando o conhecimento nas mais diversas áreas, e auxiliando o desenvolvimento do Brasil’, ressaltou.

Dentre os acadêmicos que escrevem suas histórias no Estado, está a  discente do 9º semestre, último ano do Curso de Medicina da UFMT, Câmpus de Cuiabá, Patrícia Cristiane Gibbert, que conta que estar na UFMT é a realização de um sonho, e sempre admirou a história de empoderamento e crescimento pessoal de sua mãe, que elenca como um dos motivos de sua escolha profissional.

“Ela nasceu no Sul no país e é filha de agricultores. Veio para o Estado junto ao meu pai, onde começou vendendo bolachas e, assim foi conhecendo pessoas e, estudando, tornou-se Agente Comunitária de Saúde (ACS) e, então, Técnica em Enfermagem, e depois vacinadora na Unidade Básica de Saúde (UBS) em Novo Mundo, interior de MT”, destacou, falando ainda de quando a mãe precisou ir mais cedo para a unidade, porque precisava fazer uma trança no cabelo de uma senhorinha que estava internada, marcando ainda mais sua admiração pelo cuidar do próximo.

Teoria, prática e vivências cidadãs 

Pensando em cuidar das pessoas, também está discente do 5º semestre do curso de Educação Física da UFMT, Laís Cardoso Brochier, de xx anos. Filha de pedagoga, a acadêmica não esconde a vontade de ser professora e auxiliar à comunidade. “Sempre quis dar aula, e a Educação Física sempre esteve presente, pois sempre estava envolvida com esporte, e sempre joguei. No meu ensino médio, a nossa treinadora teve que se afastar, e eu comecei a auxiliar minha equipe  com uns treinos, e ali tive certeza de que gostava da área”, destacou.

Também marcando essa atuação além sala de aula, a futura médica, Patrícia Cristiane Gibbert, conta que já participou de algumas ligas acadêmica, que são entidades sem fins lucrativos que visam congregar o ensino, pesquisa e extensão. “No início da faculdade, entrei para um grupo de palhaçoterapia, o “Começando Cedo”, um projeto conduzido essencialmente por alunos de Medicina, no Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM). Quando chegamos no “Hotel Júlio Müller” para visitar as pessoas “hospedadas”, deixamos o aluno de Medicina na porta e entramos apenas como palhaços”, disse.

Para ela, essa experiência permite uma transformação. “Uma máscara tão pequena quanto o nariz vermelho de um palhaço não consegue esconder muita coisa e, assim, somos livres para mostrar os nossos defeitos e sentimentos do dia. Ao final da sessão, a Patrícia que sai do hospital, é uma futura médica mais preocupada em olhar a pessoa escondida atrás da doença e em garantir a humanização da Medicina”, ressaltou.

Do outro lado, a futura profissional da Educação Física, Laís Cardoso Brochier, também destaca sua jornada estudantil em busca de uma formação que vá além do técnico-científico. Ela participa do projeto Longevidade Saudável, vinculado ao Programa de Educação Tutorial e do  Programa de Atividade Física e Esporte (Pafe), ação de extensão.

“No Longevidade saudável, atuamos com aulas de musculação e hidroginástica para idosos. No Pafe atuo com hidroginástica para idosos e comunidade em geral, alunos entre 12 e 80 anos de idade. Além disso, auxilio em treinos e atividades de handebol da UFMT. Quero crescer como professora, e vejo que essas vivências já somam para isso, pois estou em constante contato teoria e prática”, disse, falando ainda sobre almeja um futuro de reconhecimento, em que as pessoas confiem em mim e queiram estar com ela.

Trajetórias e futuro

Em meio a tantas iniciativas que participou ao longo de sua graduação, Patrícia Cristiane Gibbert, não tem dúvidas de quanto fez bem para si e para a comunidade. “No momento, eu estou aguardando o resultado de um Iniciação Científica em Neurociência. O desafio é conciliar com o atual semestre da faculdade, pois agora inicia o internato, composto por dois anos de intenso contato com a prática médica no hospital e UBS”

A acadêmica complementa que para um futuro um pouco mais distante, espera continuar no ambiente científico, por meio do Mestrado e Doutorado, e se especializar, por meio da Residência Médica. 

Já Laís Cardoso Brochier, que revela que passa maior parte do tempo na UFMT, o futuro é plantado agora. “Falo para muitos que moro na UFMT, e durmo em casa. Tenho aulas de manhã, e projetos sempre à tarde e à noite. E isso é ótimo, pois as pessoas que preciso ter estão aqui, onde troco informações e vislumbro o meu futuro”, finalizou.

Fonte: ufmt

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