Tedros disse que o ataque aéreo danificou prédios que estavam a poucos metros do avião, onde também estava uma delegação da Organização das Nações Unidas (ONU). Um membro da tripulação ficou ferido.
De acordo com um fonte da Sputnik, pelo menos quatro pessoas morreram no aeroporto:
“Quatro morreram e 16 ficaram feridos, incluindo o comandante de um jato particular da ONU, como resultado dos ataques aéreos israelenses na pista, na torre de controle de tráfego e no saguão de embarque do aeroporto internacional de Sanaa”, disse o contato.
A Força Aérea israelense declarou que seus alvos foram o aeroporto internacional na capital, as usinas de energia de Hezyaz e Ras Kanatib, e os portos de Hodeida, Salif e Ras Kanatib, na costa.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou que Israel agiria contra os houthis com a mesma força que usou contra o Irã, o que parece indicar o início de uma campanha intensificada contra o grupo, depois que um míssil balístico atingiu um parquinho em Tel Aviv.
Mais cedo, um prédio escolar de vários andares em Ramat Gan desabou após ser atingido pela ogiva de um míssil balístico parcialmente interceptado, disparado contra Israel pelos houthis do Iêmen.
Os houthis lançaram mais de 200 mísseis e 170 drones contra Israel no último ano. As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram que a grande maioria não chegou ao país ou foi interceptada pelos militares e aliados israelenses na região.
O grupo também realizou ataques repetidos contra cerca de 100 navios mercantes que tentavam atravessar o mar Vermelho, paralisando o transporte marítimo mundial.
Os houthis reivindicaram a responsabilidade, na manhã de sábado (21), por um ataque noturno com foguete contra Tel Aviv, que feriu levemente 16 pessoas.
Israel e os EUA, por sua vez, atacaram repetidamente várias instalações no Iêmen. Desde meados de dezembro de 2023, os Estados Unidos e seus aliados realizam uma operação na região oceânica próximo ao Iêmen, que inclui bombardeios em solo iemenita, para dissuadir os houthis de ataques a navios mercantes e garantir a liberdade de navegação.
O embate entre os houthis e Israel começou em outubro de 2023, quando eclodiu o conflito entre o Exército israelense e o movimento palestino Hamas, na Faixa de Gaza, e os iemenitas decidiram revidar em solidariedade aos palestinos.
Situação em Gaza
Em 7 de outubro de 2023, militantes do grupo palestino Hamas invadiram o território de Israel a partir da Faixa de Gaza e abriram fogo contra militares e civis, fazendo também mais de 200 reféns. Segundo as autoridades, cerca de 1,2 mil pessoas morreram do lado israelense.
Em resposta, as FDI lançaram ataques a alvos civis e anunciaram um bloqueio total da Faixa de Gaza, impedindo o fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos. Mais de 45 mil pessoas já morreram do lado palestino até o momento.
Fonte: sputniknewsbrasil