“O ataque do Irã foi muito útil para Netanyahu”, avalia a especialista. “Para ele foi muito bom, no sentido de conseguir fazer esse tipo de discurso, melhorar um pouco a popularidade, porque as pessoas ficam assustadas, ficam com medo. Então esse tipo de ação tende a unir as pessoas”, declarou.
“Ele sabe que não tem fôlego político para enfrentar uma guerra com o Irã, está muito enfraquecido. Sabe que não tem um gabinete com o mínimo de competência para lidar com uma guerra com o Irã.”
‘Israel não é invencível’
“Israel está com contingente militar de 177 mil, só que a força especial do Irã passa disso, tem 190 mil, e a força total acho que passa de 600 mil”, comentou.
“Ele está se importando com a posição dele no poder, fugir da cadeia. Então, assim, ele enfrentaria o Irã se precisasse, mas sabe que é melhor não enfrentar, porque causaria um estrago muito maior do que um benefício”, completou.
🎙️ Que o Irã e Israel são rivais de longa data não é novidade, mas o que está por trás desse ataque do país iraniano ao hebreu? Saiba tudo no Mundioka de hoje! pic.twitter.com/34XH00eBs8
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“Foi uma resposta mostrando que ‘olha, se continuar, estou disposto a dar mais um passo, não me cutuque mais’. Foi uma resposta também às próprias pessoas iranianas ali que morreram, que eram figuras importantes para o Irã”, esclareceu Marques.
Saia justa dos EUA
“Ele não está muito bem nas pesquisas eleitorais, então precisa agir de forma que garanta melhores resultados nas eleições e […] de maneira que consiga contemplar vários grupos internos nos Estados Unidos.”
🌎 O que está por vir depois dos ataques entre Irã e Israel? Conversamos com @SouzaMqs, professora de RI da @ufrj, e @karinastangec, especialista em relações internacionais da Universidade de Sorocaba. Ouça agora!https://t.co/OdCx8SkNyH
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“Biden não pode deixar Israel totalmente de lado, porque existem forças internas nos Estados Unidos e na própria política interna, como o lobby israelense no Congresso estadunidense, que representam forças políticas importantes e que não podem ser ignoradas”, opinou Calandrin.
A tensão entre o Irã e Israel ainda terão outros desdobramentos? @saadmelina e @domie_marques trazem um panorama da situação no Oriente Médio. pic.twitter.com/6GRv2AmvTc
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‘Não podemos perder o foco nos palestinos’
“A gente tem que lembrar que, hoje, um conflito com o Irã tiraria o foco dos palestinos, que são as principais vítimas. Isso é também uma perda, uma perda muito grande se considerarmos um conflito entre Israel e Irã, porque tira o foco dos palestinos”, lamentou ela.
Fonte: sputniknewsbrasil