Ataque do Irã contra Israel mostra o perigo de confundir contenção com fraqueza


Se o ataque iraniano a Israel em abril demonstrou a capacidade de Teerã de penetrar a alardeada Cúpula de Ferro, o ataque de ontem cumpriu sua promessa de segui-lo com algo mais substancial quando provocado. A República Islâmica alegou que tinha como alvo três bases militares israelenses em um ataque que teria atingido vários caças F-35. Estas aeronaves fornecidas pelos EUA teriam sido usadas para atacar o líder do Hezbollah, Hassan Hasrallah, na semana passada e constituiria uma parte importante da força militar de Israel se o país prosseguir com uma ameaça de invasão do Líbano.
Apresentador de um programa da Sputnik, Wilmer Leon questionou em conversa com especialistas se “as pessoas estão confundindo a contenção com a fraqueza”, acrescentando que “aparentemente existe uma tática muito disciplinada de responsa ponderada”.
“Parece que sim”, disse o autor e jornalista Robert Fantina. “Parece que se as pessoas vão confundir essa resposta medida com fraqueza, elas vão se arrepender porque vão se provar errados“.

“O Irã, obviamente, não quer ser atacado pelos EUA”, observou o comentarista. ” E qualquer ataque contra Israel – mesmo retaliatório, mesmo em autodefesa – traria os Estados Unidos à guerra, a menos que a resposta for muito medida, muito bem planejada, e não uma espécie de bombardeio de tapete aleatório. Não aquilo que Israel está fazendo com o Líbano e Gaza”, disse Fantina.

As chamas aumentam após um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute. Líbano, 28 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 01.10.2024

“Então, acho que o governo do Irã, esperando e observando, está jogando um jogo demorado. Não está necessariamente buscando uma vitória imediata, mas quer ver progresso na paz na região, e isso significa a derrota de Israel. Como ele fará isso ainda está para ser visto”, comentou.
A autora e jornalista independente Esther Iverem concordou com essa avaliação, observando que muitos analistas previam que “esse ataque seria muito maior”.
“O ataque anterior foi quase como uma peça de espetáculo para deixar Israel saber que não só podemos te atingir, mas podemos te atingir com força. Nossos mísseis podem passar suas muitas camadas de defesa mesmo com todos os seus protetores na OTAN e nos EUA, basicamente derrubando a maioria desses projéteis importantes por você; nossos principais mísseis atingem seus alvos e os atingem com precisão e força“, disse o apresentador do programa resumindo a perspectiva de Teerã.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores TJ teme prejuízos e mantém competência do Estado para seguir com programa de concessões de rodovias
Próxima Pesquisa 'abala comunidade científica' ao sugerir nova possível teoria sobre origem do Universo