O homem foi preso após o ataque. “A polícia acabou de prender corajosamente um agressor que atacava transeuntes em Paris, próximo ao Quai de Grenelle (uma região perto da Torre Eiffel). […] Por favor, evitem a área”, disse o ministro do Interior da capital francesa, Gerald Darmanin, em uma rede social.
No momento do ataque, o suspeito ainda teria gritado a frase “Allahu Akbar”, que em árabe significa “Alá é grande”. Após ser preso, ele ainda teria afirmado aos policiais que não poderia tolerar as mortes causadas por Israel nos territórios palestinos: só na Faixa de Gaza, o conflito já provocu mais de 16 mil óbitos.
O presidente francês, Emmanuel Macron, enviou suas condolências à família do alemão morto em Paris.
“Dirijo minhas mais sinceras condolências à família e aos entes queridos do cidadão alemão falecido esta noite durante o ataque terrorista ocorrido em Paris e penso com emoção nas pessoas atualmente feridas e sendo cuidadas. Agradeço profundamente às equipes de resgate que possibilitaram a rápida detenção de um suspeito”, escreveu ele no X, antigo Twitter
Conforme Macron, o Ministério Público “terá a responsabilidade de esclarecer completamente este caso para que a justiça seja feita em nome do povo francês”.
Homem foi condenado em 2016
O autor de um ataque com faca que deixou uma pessoa morta e duas feridas em Paris na noite de sábado já havia sido condenado em 2016 a quatro anos de prisão por planejar outro ataque.
Em outubro, o país chegou a ficar em alerta máximo para possíveis ataques terroristas após atentado em uma escola na região norte.
Na ocasião, um homem de 20 anos atacou um grupo de pessoas na escola secundária Gambetta-Carnot, levando um professor à morte e deixando outras vítimas feridas. O suspeito estava armado com uma faca e atacou a vítima no pescoço. Na sequência, ele tentou atacar outras pessoas, mas foi contido.
A família dele já é conhecida pelos serviços de inteligência e o irmão mais velho foi condenado a cinco anos de prisão por “conspiração de crimes terroristas”. Já o pai foi expulso da França em 2018. O caso ainda segue investigado pela Procuradoria Nacional Antiterrorista.
Um ataque em Bruxelas, na Bélgica, também deixou a França em estado de alerta. Um homem de 45 anos matou dois suíços a tiros no centro da cidade. Em um vídeo nas redes sociais, o suspeito, que morreu no dia seguinte após confronto com a polícia, dizia se inspirar em uma organização terrorista.
O sistema de segurança Vigipirat acionado quando há possibilidade de atuação de um grupo terrorista no país. Pelo menos sete mil soldados do país foram destacados na época para atuar em todas as regiões do país.
Pesquisa divulgada pela BFMTV também mostrou a apreensão dos franceses: 84% estão preocupados com as ameaças terroristas. Possíveis ocorrências nas escolas também têm gerado preocupação para 61% dos entrevistados.
Apesar da implementação pela primeira vez desde 2015 da Operação Sentinela, que reforça a segurança no país, a população local não está confiante na atuação do governo. Para 59% dos franceses, o Executivo não implementa todos os meios necessários para combater a ameaça terrorista.
Fonte: sputniknewsbrasil