O sinal, denominado AT 2022cmc, foi descoberto no início deste ano pelo telescópio Zwicky Transient Facility, na Califórnia. Os resultados da descoberta publicados na revista Nature Astronomy sugerem que é provável que seja um jato de matéria saindo a uma velocidade próxima à velocidade da luz de um buraco negro supermassivo. Por ser intensamente brilhante, os astrônomos não conseguiram de imediato classificar o objeto.
A equipe de cientistas, inclusive do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e da Universidade de Birmingham, acredita que o jato foi produzido por um buraco negro que de repente começou a devorar uma estrela próxima, liberando uma enorme quantidade de energia no processo.
Os novos resultados poderiam fornecer novas informações sobre como os buracos negros se alimentam e crescem.
The research team, inc scientists from @unisouthampton, believe the signal named ‘AT 2022cmc’ is from a black hole jet that suddenly began devouring a nearby star, releasing a huge amount of energy in the process.@MIT@NASA
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— University of Southampton News (@UoSMedia) December 1, 2022
A equipe de pesquisa, incluindo cientistas da Universidade de Southampton, acredita que o sinal, denominado AT 2022cmc, é de um jato de buraco negro que de repente começou a devorar uma estrela próxima, liberando uma enorme quantidade de energia no processo.
Pesquisadores chegaram à conclusão de que se trata de um evento de perturbação de maré, ou seja, um processo em que um buraco negro dilacera uma estrela e a espaguetifica. AT 2022cmc é anormalmente brilhante para fenômenos deste tipo e está localizado a 8,5 bilhões de anos-luz da Terra – a mais distante de todas as fontes conhecidas desta espécie, escreve Science Daily.
Observações do telescópio VLT, localizado no Chile e responsável por trabalhos na faixa óptica, ajudaram a confirmar a natureza do objeto. O espectrômetro mostrou que a temperatura do gás emitido excedia 30.000 graus, que é muito, mas típico de eventos de perturbação de maré.
O brilho excessivo é alcançado não por causa da temperatura, mas porque o jato de matéria é dirigido diretamente para a Terra. Devido ao efeito de “amplificação Doppler” há um aumento no brilho da radiação. Além disso, assim que o AT 2022cmc brilha intensamente e por muito tempo, os cientistas sugerem que é causado por um buraco negro supermassivo que absorve por ano massa estelar equivalente a 0,5 da massa solar.
Fonte: sputniknewsbrasil