Essa teoria é uma solução potencial para a “tensão de Hubble” e poderia ajudar a confirmar a verdadeira idade do nosso Universo, que é estimada em cerca de 13,8 bilhões de anos, avança Phys.org.
A constante de Hubble foi proposta pela primeira vez por Edwin Hubble em 1929 para expressar a taxa de expansão do Universo. Ela pode ser medida observando a distância dos objetos celestes e a velocidade com que se afastam de nós.
O obstáculo aqui, no entanto, é que a extrapolação de medições do Universo distante e primitivo para hoje usando o modelo cosmológico padrão prediz uma taxa de expansão mais lenta do que as medições do Universo próximo e mais recente. Esta é a tensão de Hubble.
“Uma solução potencial para esta inconsistência é que a nossa galáxia está perto do centro de um grande vazio local [uma vasta região vazia do espaço]”, explicou o doutor Indranil Banik, da Universidade de Portsmouth.
“Isso faria com que a matéria fosse puxada pela gravidade para o exterior do vazio de maior densidade, levando a que o vazio se torne mais desocupado com o tempo. À medida que o vazio se esvazia, a velocidade dos objetos que se afastam de nós será maior do que se não houvesse vazio. Portanto, assim se cria uma aparência de uma taxa mais rápida de expansão local”, assegura o cientista.
Recent research presented at the Royal Astronomical Society’s National Astronomy Meeting (NAM 2025), proposes that Earth, and our entire Milky Way galaxy, might lie within a colossal cosmic void roughly one billion light‑years across and about 20% less dense than average.… pic.twitter.com/YBrfpqSSSN
— Erika (@ExploreCosmos_) July 8, 2025
Se estamos localizados em uma região com densidade abaixo da média, como o ponto verde, então a matéria fluiria para longe de nós devido à gravidade mais forte das regiões mais densas circundantes, como é mostrado pelas setas vermelhas.
Para que as estimativas dos astrônomos sejam corretas, o Sistema Solar deve estar perto do centro do vazio com um raio de cerca de um bilhão de anos-luz e uma densidade de matéria cerca de 20 por cento inferior à média para o Universo.
De acordo com Banik, os dados obtidos por ele e seus colegas sobre oscilações acústicas bariônicas – ondas acústicas de densidade na matéria do Universo primitivo – confirmam a ideia de que a Via Láctea está dentro de um vazio local.
Fonte: sputniknewsbrasil
){kind=link}
