Astrônomos registram pela 1ª vez IMAGEM de 2 buracos negros orbitando juntos em quasar distante


Após décadas de buscas e teorias, astrônomos conseguiram capturar pela primeira vez uma imagem de rádio mostrando dois buracos negros supermassivos orbitando um ao outro. Essa descoberta confirma uma previsão antiga e representa um marco na astrofísica, revelando um sistema binário no coração do quasar OJ287, localizado a cerca de 5 bilhões de anos-luz, na constelação de Câncer.
Quasares são regiões extremamente brilhantes no centro de galáxias, alimentadas por buracos negros supermassivos que aquecem gás e poeira ao seu redor. O OJ287, em particular, é tão luminoso que pode ser observado por astrônomos amadores. A imagem recém-divulgada mostra os dois buracos negros em uma dança gravitacional, oferecendo a evidência mais clara até hoje da existência de sistemas binários desse tipo.
© Foto / Universidade de Turku/J.L. Gomez and et al. (2022)Parte de uma imagem de dois buracos negros orbitando um ao redor do outro no quasar OJ287

Parte de uma imagem de dois buracos negros orbitando um ao redor do outro no quasar OJ287 - Sputnik Brasil, 1920, 11.10.2025

Parte de uma imagem de dois buracos negros orbitando um ao redor do outro no quasar OJ287
Embora já se tivesse imagens de buracos negros individuais, como os da Via Láctea e da Messier 87, nunca se havia conseguido visualizar dois orbitando juntos. Até então, as evidências vinham de detecções indiretas, como ondas gravitacionais, mas os telescópios não tinham resolução suficiente para distinguir dois objetos tão próximos.
O OJ287 é observado há mais de um século, mas ganhou destaque em 1982, quando o astrônomo Aimo Sillanpaa identificou um padrão de brilho cíclico a cada 12 anos, sugerindo a presença de dois buracos negros. Desde então, centenas de astrônomos monitoraram o quasar em busca de provas definitivas da existência do par gravitacional.
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A confirmação veio por meio de observações de rádio combinadas entre telescópios terrestres e o satélite russo RadioAstron, cuja órbita se estendia até metade da distância da Lua. Essa configuração permitiu uma resolução cerca de 100.000 vezes superior à das imagens ópticas convencionais, revelando os dois buracos negros exatamente onde os modelos teóricos previam.
Além disso, os pesquisadores observaram que o jato de partículas emitido pelo buraco negro menor está distorcido, como uma mangueira girando, devido à sua rápida órbita em torno do maior. Esse movimento cria uma espécie de “cauda cósmica” que poderá ser acompanhada em tempo real, oferecendo uma oportunidade única para estudar a dinâmica de sistemas binários de buracos negros.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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