Astrônomos rastreiam explosão de rádio mais brilhante de sempre até sua origem (IMAGENS)


Os astrônomos identificaram o que pode ser a rajada de rádio (FRB, do inglês fast radio burst) mais brilhante já registrada, conhecida como FRB 20250316A ou RBFLOAT. Essa explosão rápida de rádio, que em milissegundos libera energia equivalente à vida inteira do Sol, foi rastreada até sua origem, marcando um avanço significativo na compreensão desses fenômenos misteriosos.
As rajadas rápidas de rádio (FRBs, na sigla em inglês), detectadas pela primeira vez em 2007, são difíceis de estudar por sua curta duração e raridade de repetição. A principal hipótese é que elas sejam causadas por magnetares — estrelas de nêutrons com campos magnéticos extremamente intensos. A descoberta da RBFLOAT pode ajudar a validar ou a refinar essas teorias.

© Foto / NASA/ESA/CSA/CfA/P. Blanchard et al.Uma imagem gerada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) de NGC 4141 e da fonte de RBFLOAT chamada NIR-1.

Uma imagem gerada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) de NGC 4141 e da fonte de RBFLOAT chamada NIR-1 - Sputnik Brasil

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Uma imagem gerada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) de NGC 4141 e da fonte de RBFLOAT chamada NIR-1.

© Foto / ESAIlustração artística mostrando uma gigante vermelha ao lado de uma estrela de nêutrons.

Ilustração artística mostrando uma gigante vermelha ao lado de uma estrela de nêutrons - Sputnik Brasil

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Ilustração artística mostrando uma gigante vermelha ao lado de uma estrela de nêutrons.
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Uma imagem gerada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) de NGC 4141 e da fonte de RBFLOAT chamada NIR-1.
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Ilustração artística mostrando uma gigante vermelha ao lado de uma estrela de nêutrons.
O radiotelescópio CHIME, apelidado de “máquina de descoberta de FRBs”, foi o responsável por detectar e rastrear a RBFLOAT. Pela primeira vez, ele conseguiu localizar sozinho a origem de uma FRB, situada em uma pequena região da galáxia NGC 4141, a cerca de 130 milhões de anos-luz da Terra — um feito comparado a enxergar uma moeda a 100 quilômetros de distância.
Amanda Cook, líder da equipe da Universidade McGill, destacou que esse resultado representa um ponto de virada na astronomia: agora é possível identificar com precisão a origem das rajadas, o que pode revelar se são causadas por estrelas moribundas, objetos magnéticos exóticos ou algo ainda desconhecido. A precisão foi possível graças aos novos telescópios “estabilizadores” do CHIME, espalhados pela América do Norte.
Esta imagem, uma das primeiras divulgadas pelo Observatório Rubin, expõe um Universo repleto de estrelas e galáxias — transformando bolsões de espaço aparentemente vazios e negros como tinta em tapeçarias brilhantes pela primeira vez. É possível observar uma variedade impressionante de objetos — de estrelas brilhantes que variam do azul ao vermelho, a galáxias espirais azuis próximas, a grupos de galáxias vermelhas distantes — demonstrando o potencial de processamento de Rubin - Sputnik Brasil, 1920, 18.08.2025

A localização exata permitiu que o Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) fosse acionado rapidamente, capturando um sinal infravermelho fraco próximo ao ponto de origem da explosão. Essa foi a primeira vez que uma FRB foi rastreada com rapidez suficiente para ser observada pelo JWST, revelando um possível objeto associado à explosão.
O objeto infravermelho, apelidado de NIR-1, pode ser uma estrela gigante vermelha ou uma estrela massiva de meia-idade. No entanto, essas estrelas não costumam estar ligadas a eventos tão energéticos. A hipótese mais promissora é que NIR-1 tenha uma companheira mais extrema, uma estrela de nêutrons que estaria retirando material da gigante vermelha, desencadeando a FRB.
Mesmo que essa associação não se confirme, os dados obtidos já oferecem pistas valiosas. Caso a fonte infravermelha desapareça com o tempo, pode indicar que se trata apenas da luz refletida pela explosão, reforçando a teoria de um magnetar isolado como origem da RBFLOAT.
A intensidade da explosão, sua proximidade relativa e a capacidade do JWST de capturar imagens detalhadas tornam essa descoberta crucial para futuras investigações sobre FRBs.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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