Astrônomos observam cometa interestelar para testar alerta contra impacto cósmico (IMAGEM)


Um cometa interestelar recém-identificado, batizado de 3I/ATLAS, está sendo monitorado por uma campanha internacional coordenada pela NASA. Embora não represente risco à Terra, sua passagem pelo Sistema Solar oferece uma oportunidade valiosa para aprimorar técnicas de observação e prever trajetórias de objetos que, no futuro, possam representar ameaça real ao planeta.
O 3I/ATLAS é o terceiro objeto interestelar já registrado em trânsito pelo Sistema Solar. Sua trajetória o levará a deixar nossa vizinhança cósmica entre o fim de novembro de 2025 e o início de janeiro de 2026. Durante esse período, a Rede Internacional de Alerta de Asteroides lidera uma campanha de observação que visa coletar dados astrométricos e testar a capacidade global de resposta a potenciais ameaças espaciais.

© Foto / Observatório Gemini/NOIRLab/NSF/AURA/Shadow the Scientist/Universidade do Alaska Anchorage/NSF NOIRLab, M. ZamaniO cometa 3I/ATLAS atravessa um denso campo estelar nesta imagem capturada pelo Gemini Multi-Object Spectrograph (GMOS) no Gemini Sul, em Cerro Pachón, no Chile. A imagem é composta por exposições obtidas por meio de quatro filtros — vermelho, verde, azul e ultravioleta. À medida que as exposições são obtidas, o cometa permanece fixo no centro do campo de visão do telescópio. No entanto, as posições das estrelas de fundo mudam em relação ao cometa, fazendo com que apareçam como listras coloridas na imagem final

O cometa 3I/ATLAS atravessa um denso campo estelar nesta imagem capturada pelo Gemini Multi-Object Spectrograph (GMOS) no Gemini Sul, em Cerro Pachón, no Chile. A imagem é composta por exposições obtidas por meio de quatro filtros — vermelho, verde, azul e ultravioleta. À medida que as exposições são obtidas, o cometa permanece fixo no centro do campo de visão do telescópio. No entanto, as posições das estrelas de fundo mudam em relação ao cometa, fazendo com que apareçam como listras coloridas na imagem final - Sputnik Brasil, 1920, 28.10.2025

O cometa 3I/ATLAS atravessa um denso campo estelar nesta imagem capturada pelo Gemini Multi-Object Spectrograph (GMOS) no Gemini Sul, em Cerro Pachón, no Chile. A imagem é composta por exposições obtidas por meio de quatro filtros — vermelho, verde, azul e ultravioleta. À medida que as exposições são obtidas, o cometa permanece fixo no centro do campo de visão do telescópio. No entanto, as posições das estrelas de fundo mudam em relação ao cometa, fazendo com que apareçam como listras coloridas na imagem final
A iniciativa funcionará como um exercício prático para prever a órbita do cometa e medir sua velocidade e deslocamento em relação a estrelas visíveis da Terra. Essas medições são essenciais para refinar modelos de previsão de trajetória, especialmente em casos de objetos com comportamento irregular, como os cometas, cujas caudas e comas dificultam a estimativa precisa de brilho e posição.
Apesar de não estar em rota de colisão com a Terra, o 3I/ATLAS passará a uma distância relativamente próxima — cerca de 1,8 unidade astronômica — o que permite sua observação por telescópios de pequeno porte. Essa proximidade torna o cometa um alvo ideal para testes de precisão em rastreamento orbital, conforme destacado pelo Minor Planet Center, órgão ligado à União Astronômica Internacional.
Galáxia NGC 4303 próxima à Via Láctea. NGC 4303 é uma galáxia espiral, com uma barra de estrelas e gás em seu centro, localizada a aproximadamente 55 milhões de anos-luz da Terra, na constelação Virgo. A imagem é uma combinação de observações realizadas em diferentes comprimentos de onda de luz para mapear populações estelares e gás. As observações do telescópio ALMA são representadas em tons marrom-alaranjados e destacam as nuvens de gás molecular frio que fornecem a matéria-prima a partir da qual as estrelas se formam. Os dados do espetrógrafo MUSE aparecem principalmente em dourado e azul. Os brilhantes dourados mapeiam nuvens quentes, principalmente de hidrogênio ionizado, oxigênio e gás sulfúrico, marcando a presença de estrelas recém-nascidas, enquanto as regiões azuis revelam a distribuição de estrelas ligeiramente mais velhas - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2025

A NASA realiza há décadas buscas sistemáticas por objetos potencialmente perigosos e, embora nenhuma ameaça iminente tenha sido detectada, a vigilância continua como medida preventiva.

A campanha também convida cientistas cidadãos a participar. Interessados devem se inscrever até 7 de novembro, com um workshop previsto para o dia 10 e teleconferências ao longo do período de observação. A Rede Internacional de Alerta de Asteroides, formada sob orientação da ONU, reúne especialistas de todo o mundo para fortalecer a resposta global a objetos próximos à Terra (NEOs, na sigla em inglês).

Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Ocidente exagera custo dos mísseis russos para abafar falhas das armas ocidentais, diz mídia
Próxima Força Tática prende suspeito de envolvimento no homicídio de Fábio Rone em Sorriso