O astro “pulsa” lentamente e isso é explicado pelos seus processos internos. Os cientistas suspeitam que a estrela acelerou durante uma explosão de supernova em um sistema binário.
Nas últimas décadas, não só na vizinhança da Via Láctea, mas também em outras galáxias têm sido observadas “corridas espaciais”, ou seja, estrelas que se movem muito mais rápido do que outras. Elas são chamadas de fugitivas, super-rápidas ou até mesmo hiper-rápidas.
Recentemente, uma equipe de astrônomos da Alemanha e de outros países relatou a descoberta de outro exemplo interessante de uma estrela fugitiva, descrito em um artigo disponível no portal de pré-impressão arXiv.
O objeto denominado LAMOST J08-33-23.18 43-08-25.4 foi detectado a 13.600 anos-luz da Terra, e fora do plano do disco galáctico – a mais de 8 mil anos-luz dele.
A estrela em causa está se movendo em direção às bordas da Via Láctea, em direção ao halo galáctico, a uma velocidade de cerca de 210 km/s. Astrônomos sugerem que ela não vai “fugir” para muito longe, uma vez que tal velocidade não é suficiente para deixar a Via Láctea.
É interessante que o objeto exibe “pulsações” – mudanças de luminosidade, que se repetem com um período médio de cerca de 3,5 dias. Os astrônomos explicaram este fenômeno pelas oscilações nas camadas externas da estrela: lá, a pressão interna da substância luta com a gravidade, que quer comprimi-la.
Os pesquisadores chegaram à conclusão que a “estrela fugitiva” se originou do braço galáctico de Sagitário, um dos maiores da Via Láctea. Segundo estimativas, o astro tem 104 milhões de anos e sua massa é 4,75 vezes superior à do Sol. Astrônomos determinaram que a estrela tinha sido ejetada do braço galáctico há cerca de 78 milhões de anos, ou seja 26 milhões após a sua formação.
Fonte: sputniknewsbrasil