As observações mostraram uma cauda de detritos que acompanha a rotação do planeta e permitiram descobrir quando ele entrará completamente em colapso, diz um estudo publicado na revista Astrophysical Journal Letters.
O exoplaneta incomum foi descoberto pelo telescópio espacial TESS, cujo objetivo é descobrir planetas em outras estrelas pelo chamado método de trânsito. O método consiste em rastrear a diminuição periódica do brilho das estrelas à medida que os planetas passam na sua frente.
A descoberta do planeta chamado BD 05 4868 Ab aconteceu quase por acidente. Normalmente, o planeta em trânsito deixa uma curta falha simétrica no gráfico da curva de luz da estrela, que se repete com uma determinada periodicidade – isso indica a sua passagem regular na frente da estrela.
Analisando a curva de luz da estrela BD 05 4868 A, que se situa a 140 anos-luz da Terra na constelação de Pégaso, os cientistas notaram que as quedas de brilho observadas a cada 30,5 horas não eram simétricas e exigiam muito mais tempo para que o brilho retornasse aos valores habituais. Isto indicava a presença de uma longa cauda atrás do planeta, também obscurecendo a luz da estrela. Além disso, com cada passagem, a profundidade da queda mudava, o que indicava que a forma do objeto que bloqueava a luz era inconstante.
Os cálculos mostraram que a temperatura do planeta chega a 1.600 graus Celsius, pois o BD 05 4868 Ab se situa 20 vezes mais perto da estrela do que Mercúrio do Sol. Por essa razão, a sua superfície representa um magma derretido que voa para o espaço sideral.
Mercury-Sized Planet Evaporates in Fiery Dance with Giant Star. A scorching lava planet, BD+05 4868 Ab, 140 light-years away, is disintegrating at a cosmic sprint, shedding Mount Everest’s mass every 30.5 hours.
Orbiting a giant star 20 times closer than Mercury to the Sun,… pic.twitter.com/sgwkc4IFOl
— Nirmata (@En_formare) April 22, 2025
Planeta do tamanho de Mercúrio evapora em dança ardente com sua estrela gigante. Um planeta de lava escaldante, o BD 05 4868 Ab, a 140 anos-luz de distância, está se desintegrando em uma corrida cósmica, perdendo massa equivalente ao Monte Everest a cada 30,5 horas.
Com temperaturas tão elevadas, todos os minerais na superfície do planeta derretem, evaporam e são levados em pedaços para o espaço, onde se esfriam formando longas filas de detritos.
Segundo os cientistas, a causa da destruição é a baixa massa. Planetas mais massivos semelhantes à Terra têm uma maior força de atração que pode manter a atmosfera ao seu redor. De acordo com pesquisadores, a gravidade no planeta não é suficiente para o manter inteiro.
Cálculos mostraram que, em cada rotação ao redor da estrela, o planeta perde massa equivalente à do Monte Everest. Tendo em contra isso, os cientistas previram que em cerca de 2 milhões de anos o planeta se desintegrará completamente.
Fonte: sputniknewsbrasil