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Um astronauta da NASA a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) relatou, no sábado, ter ouvido um “ruído estranho” vindo da espaçonave Boeing Starliner, dias antes de ela deixar a estação e retornar à Terra no modo automático.
Segundo o canal norte americano Fox News, o astronauta, Butch Wilmore, entrou em contato com o Controle de Missão no Centro Espacial Johnson em Houston para questionar sobre o ruído.
Em uma gravação de áudio da troca de mensagens, Wilmore posiciona um telefone próximo aos alto-falantes para que o Controle de Missão pudesse ouvir o som ao qual ele se referia. Um som pulsante, que ocorre em intervalos regulares, pode ser ouvido através do dispositivo de Wilmore.
“Mas, Butch, esse som chegou até nós,” diz o Controle de Missão após não ter ouvido na primeira vez. “Era algo como um ruído pulsante, quase como um ping de sonar.”
“Vou repetir uma vez mais e deixar vocês se perguntando para ver se conseguem descobrir o que está acontecendo,” diz Wilmore ao Controle de Missão, reproduzindo o som mais uma vez.
O Controle de Missão informa a Wilmore que a gravação será encaminhada e que o manterão informado sobre o que encontrarem.
Wilmore esclarece que o som está vindo do alto-falante dentro do Starliner.
O som peculiar foi inicialmente relatado pelo Ars Technica, que citou uma gravação feita e compartilhada pelo meteorologista Rob Dale, baseado em Michigan.
O Starliner está previsto para se desacoplar da ISS, partir vazio e tentar retornar automaticamente com um pouso no deserto do Novo México.
A NASA decidiu que seria arriscado trazer Wilmore e Suni Williams de volta antes de fevereiro. Os astronautas estavam originalmente programados para uma viagem de uma semana no início de junho, mas a missão tem enfrentado problemas devido a falhas nos propulsores e vazamentos de hélio.
A Boeing contava com a primeira viagem tripulada do Starliner para reviver o programa problemático da espaçonave após anos de atrasos e custos crescentes. A empresa insistiu que o Starliner era seguro com base em todos os testes recentes dos propulsores, tanto no espaço quanto em terra.
Fonte: gazetabrasil