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Vai ser (muito) difícil, mas poderemos ver um Aston Martin Valour rodando pelas ruas brasileiras. Isso porque o novo carro cançado como parte das comemorações dos 110 anos da marca britânica estão disponível no Brasil sob encomenda. O problema é o preço. Autoesporte apurou com exclusividade que o cupê com motor V12 de 712 cv e câmbio manual não por menos de R$ 19,5 milhões (!!!). É isso mesmo: quase R$ 20 milhões. Trata-se do carro mais caro à venda, de forma oficial, no país.
A exclusividade (serão apenas 110 unidades ao redor do mundo), o motor V12, o estilo incomparável e o alto poder de personalização podem justificar as cifras, além da conversão da moeda e impostos, claro. Sob o capô está o doze cilindros em “V” de 5.2 litros e dois turbos, com 712 cv e 76,7 kgfm de torque. A força é enviada às rodas traseiras por meio de um câmbio manual de seis marchas. Isso mesmo, manual. A Aston Martin não divulgou números de desempenho.
O Valour tem forte inspiração no Vantage V8 original e no Vantage baseado no RHAM/1 “Muncher” Le Mans de corrida de 1980. O supercarro One-77 e o exclusivo Victor também são referências estéticas para o cupê. O capô em forma de concha traz ma grande abertura em ferradura e dois dutos para resfriar o pujante V12 biturbo logo abaixo.
A icônica grade da Aston Martin evoluiu em termos de design, mas também a função: a seção central tem partes de alumínio, enquanto grandes tomadas de fibra de carbono de ambos os lados alimentam o motor e os freios com ar frio. Eles também emolduram os classicamente inspirados faróis redondos de LED, exclusivos para o Valour. O Valour recebe uma suspensão sob medida, com amortecedores, molas e barras estabilizadoras ajustáveis, todos pensados especificamente para o carro.
Atrás, o conjunto de luzes de LED (seis de cada lado) repetem o hipercarro Valkyrie. Ainda há um difusor proeminente e a tripla saída de escapamento em aço inoxidável. Com a espessura da parede inferior a 1 mm, essa tubulação especial representa uma economia de 7 kg em relação ao sistema tradicional.
O Valour pode ainda ser configurado em mais de 500 trilhões de formas diferentes. Começando com as cores da carroceria, que são separadas em diversas categorias. São 58 tonalidades, desde as mais conservadoras, como prata, até as mais chamativas, como um tom forte de roxo. Há também cores iridescentes, como a vermelho Andromeda Red, que de vermelho não tem nada e parece roxa de alguns ângulos.
As rodas de 21 polegadas forjadas podem ter acabamento prata brilhante, preta acetinada e preta diamantada. Também é possível selecionar entre seis cores de pinças de freio: preta, vermelha, laranja, amarela, bronze e vermelha.
Por dentro, o nível de personalização aumenta ainda mais. Antes de escolher materiais e tipos de revestimentos, o futuro comprador pode selecionar o design dos bancos. Há o Sport Plus, com um estilo mais confortável, e o Carbon Fiber Performance, que mais parece um assento de carro de competição.
Depois da escolha, a Aston Martin oferece revestimentos de couro tradicional ou um tipo de couro chamado semianilina, que tem um acabamento mais natural e macio. Independentemente da escolha, o preto é a cor de base para a cabine. Mas um tom secundário pode ser adicionado para compor a “decoração” interna. O couro tradicional pode ser combinado a 35 tonalidades, de sóbrias a espalhafatosas. Mas se a escolha for couro semianilina, as opções de cor secundária ficam restritas a cinco (e todas mais discretas).
Mas não para por aí. São seis cores também para os cintos de segurança, além de uma série de detalhes internos que vão desde o tom da costura, logotipos da marca nos encostos dos bancos, vários tipos de acabamento para o volante (incluindo Alcantara e fibra de carbono) e de tapeçaria. A manopla do câmbio pode ser de madeira, titânio ou alumínio, por exemplo.
Outra exclusividade é o pacote 110th Anniversary, que inclui emblema no para-choque, soleiras e bordados exclusivos, além de um conjunto de malas que pode ser coordenado com as mesmas cores escolhidas para o acabamento da cabine.
O Valour tem preço de 830 mil libras na Inglaterra ou pouco mais de R$ 5 milhões na conversão direta. Quem quiser ter um no Brasil, vai ter que gastar, no mínimo, quatro vezes mais…
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Fonte: direitonews