Uma reportagem do portal Metrópoles revela que a Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar (ABEMIL), fundada e presidida pelo Capitão Davi Lima Sousa, suplente de deputado federal pelo PL, fatura mais de R$ 11 milhões de prefeituras de São Paulo, além de expandir sua atuação por Minas Gerais e outros estados na promoção do lobby para a criação de escolas militares.
No Mato Grosso, a entidade tem um contrato de R$ 1 milhão com a prefeitura de Porto dos Gaúchos para a implementação e manutenção de uma escola cívico-militar, segundo documento acessado no portal de transparência do município.
O contrato não está disponível para consulta pública, apenas um resumo.
A fiscal do contrato é a servidora Francisca Ferreira de Oliveira.
Em fevereiro de 2024, a ABEMIL publicou um edital de seleção para contratação de Comandante de Escola Cívico-Militar, exigindo curso superior em qualquer área para prestar serviço na Escola Gustavo Adolfo Wilke, com salário de R$ 5.050,00; Subcomandante de Escola Cívico-Militar com curso superior em qualquer área e salário de R$ 4.095,00.
Também foram ofertadas quatro vagas de Monitor de Escola Cívico-Militar, com exigência de nível médio e salário de R$ 2.558,00, sendo uma vaga para mulher e três para homens.
Em todos os casos, os candidatos devem ser militares da ativa ou da reserva da Polícia Militar ou de qualquer uma das forças armadas (Exército, Aeronáutica ou Marinha).
Experiência na área de educação ou formação específica não é exigida.
O presidente da ABEMIl e suplente de deputado, Capitão Davi Lima Sousa, participou, em 21 de julho de 2023, da audiência pública que teria debatido a implantação da Escola Cívi-Militar em Porto dos Gaúchos. Seis meses depois, ele foi premiado com o contrato milionário de mais de R$ 1 milhão. O lobby, pelo visto, gerou excelente resultado.
Fonte: abroncapopular
