Assistência Social implanta projeto para inserção da comunidade LGBTQIA+ aos serviços socioassistenciais





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O mês de junho ficou conhecido internacionalmente como período que homenageia o orgulho LGBTQIA+, considerando o início da luta organizada pelos direitos dessa comunidade nos Estados Unidos e, em concomitância com outros países ocidentais. O mês de junho se refere às lutas da comunidade LGBTQIA+ pelo direito de existir, sem qualquer discriminação, garantindo o direito da dignidade da pessoa humana.

Partindo dessa premissa, a Secretaria de Assistência Social dá início a um projeto que pretende informar a esse público em especial, os mais variados serviços que são disponibilizados pelo município e que são ofertados para todos, independente, de raça, cor, religião, nacionalidade ou gênero.

“O projeto Re-Existir tem essa finalidade de levar informações às pessoas que se enquadram nesta nomenclatura, as atribuições da política de assistência social na defesa dos direitos de todos, principalmente, aqueles que se encontram em vulnerabilidade e risco social. Muitos desconhecem a existência do SUAS e a sua denominação, mas o Sistema Único de Assistência Social existe para garantir os direitos de todos”, informou a titular da pasta, Ana Cristina Vieira.

De acordo com a gestora, para que a secretaria de Assistência do município atue de forma articulada para a promoção de atendimento qualificado, e ampliando o acesso aos serviços e programas socioassistenciais, ofertados para a comunidade em questão, a pasta resolveu implantar, ainda que de forma piloto, o programa Re-Existir. “O programa consiste em rodas de conversas ativa e cooperativa, para a promoção de atendimento qualificado, ampliando o acesso aos serviços e programas assistenciais a esse público e ao mesmo tempo, apresentando programas que fomentam a inclusão social, e de capacitação. Sabemos que a exclusão social da comunidade LGBTQIA+, prejudica a sobrevivência de muitos que sobrevive com subempregos, prostituição, situação de miséria e fácil acesso às drogas, sem o mínimo de qualidade de vida e dignidade humana”.

A Assistente Social, Ana Paula Barros da Silva que atua no Centro de Referência em Assistência Social – CRAS, unidade Cristo Rei, disse que o projeto Re-Existir chega como um sinal da necessidade de aproximação para com toda a comunidade LGBTQIA+ e a importância de buscar entender como este público tem compreendido os seus direitos e se atualmente sabem quais são os serviços socioassistenciais, programas e projetos ofertados pela Assistência Social em Várzea Grande, e sobre os serviços de outras políticas públicas.

“A equipe técnica do CRAs Cristo Rei, desenvolveu em abril de 2022, em parceria com o Assistente Social e representante da Articulação Brasileira de Gays-MT, Thiago Oliveira, um dia de formação com os servidores da referida unidade sobre a “LGBTfobia e suas expressões”, como forma de trazer o debate e a importância de mudanças em nossa sociedade e em nossas atitudes, tendo em vista que somos parte de uma construção social, histórica e cultural que está em constante transformação”,  explicou Ana Paula.

Ela disse ainda que agora com o “Projeto Re-Existir” – pensado pela Secretária Executiva da Assistência Social e mulher trans, Daniela Behrends – avançaremos ainda mais nessa questão, trazendo a comunidade LGBTQIA+ da região do CRAS Cristo Rei para o centro do debate,  e para que as pessoas da comunidade possam trazer às suas realidades, conhecimentos, dificuldades, ideias e sugestões para as “rodas de conversa”, que serão promovidas através das Oficinas do “Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, sendo este um dos serviços da Proteção Social Básica da Assistência Social, que busca desenvolver a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, promover o acesso e usufruto de direitos e contribuir para a melhoria da qualidade de vida”.

Já para a articuladora do projeto Daniela Behrends, servidora da Assistência, o Re-Existir é o primeiro passo para um melhor entendimento entre as partes envolvidas neste projeto que tem muito a oferecer ao público LGBTQIA+. “E é isso que nós queremos construir um trabalho de conhecimento, informação e prestação de serviço para que todos tenham consciência de que o Sistema Único de Assistência Social tem por atribuição a garantia de direitos, principalmente, para aqueles que tiveram, o seu direito violado”.

Fonte: @secomvg

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