Uma equipe kuwaitiana-dinamarquesa do Museu Moesgaard na Dinamarca que vem realizando escavações na ilha há anos, havia encontrado vestígios de um possível templo, no topo de uma colina.
Agora, completamente desenterrado, o templo medindo 11 metros de largura por 11 metros de comprimento foi descoberto com uma série de artefatos, dentre eles selos e cerâmica, confirmou a relação do templo com o povo Dilmun (3.200 a 320 a.C.) que negociava com os povos da Mesopotâmia.
CC BY-SA 3.0 / Ciacho5 / Early Dilmun pottery (ca. 2300 BC). Exhibits in Bahrain National Museum.Cerâmicas Dilmun antigas (ca. 2300 a.C.) em exposição no Museu Nacional do Bahrein
Cerâmicas Dilmun antigas (ca. 2300 a.C.) em exposição no Museu Nacional do Bahrein
O chefe da delegação dinamarquesa, dr. Stephen Larsen, enfatizou que o layout do templo continha pistas sobre práticas religiosas durante o início do período Dilmun apresentando inclusive altares que teriam significado ritualístico e cerimonial.
Os pesquisadores afirmaram que este é o segundo templo ligado à cultura antiga encontrado no local. Não muito longe dele, foram localizadas outras estruturas significativas, como “o Palácio” e o “Templo Dilmun”, o que assegura a importância tanto religiosa quanto administrativa daquele terreno para o reino, relata o Kuwait Times.
O dr. Hassan Ashkenani, professor de Arqueologia e Antropologia na Universidade do Kuwait, explicou que o achado representava uma descoberta fascinante que lança luz sobre as atividades do povo Dilmun na exótica e remota Ilha Failaka, e na região em geral.
A Ilha Failaka foi famosa na antiguidade por seus produtos agrícolas. Sua fertilidade era possibilitada pela abundância de fontes de água doce, que ainda abastecem a ilha com grande parte de sua água potável.
Encontrada a aproximadamente 50 quilômetros do local onde os rios Tigre e Eufrates convergem para desaguar no golfo Pérsico, a cultura Dilmun conseguiu manter o controle sobre o lucrativo comércio da região por sua posição estratégica.
Fonte: sputniknewsbrasil