SÃO PAULO, SP – A polícia argentina prendeu uma amiga de Brenda Uliarte, namorada do brasileiro que tentou atirar na vice-presidente Cristina Kirchner, na terceira detenção relacionada ao caso, afirmou a imprensa argentina nesta terça-feira (13).
Não foi divulgado o nome da suspeita, apenas o sobrenome dela: Díaz. Ela teria se comunicado com Uliarte horas depois que o namorado dela, Fernando Sabag Montiel, apertou o gatilho de uma pistola contra Cristina -a arma falhou e o tiro não foi disparado.
Díaz foi detida na noite desta segunda-feira (12) pela polícia de segurança aeroportuária, por ordem da juíza Maria Eugenia Capuchetti, responsável pelo caso.
Fontes judiciais disseram ao jornal Clarín que a análise do celular de Uliarte revelou mensagens “de conteúdo forte e importante” trocadas entre ela e a nova suspeita, horas depois do atentado contra a vice-presidente.
Brasileiro que vive na Argentina desde criança. Fernando Andrés Sabag Montiel, 35, foi preso no último dia 1º, logo após puxar o gatilho de uma pistola Bersa calibre 32 contra o rosto de Cristina quando ela chegava em casa, no bairro nobre da Recoleta, em Buenos Aires.
Ele usava touca e máscara e teria saído correndo depois de tentar atirar, mas foi seguido por cinco pessoas e preso.
Brenda Uliarte, 23, foi acusada junto com o namorado de tentativa de homicídio, apesar de ter negado a participação. Sabag também afirmou, em depoimento à Justiça no dia 6, que ela não estaria envolvida.
Mas, segundo a acusação, o ataque foi planejado pelos dois. Uliarte estava próxima de Sabag durante o atentado e passou na porta da casa de Cristina, no bairro da Recoleta, dias antes da ação de seu namorado.
A imprensa argentina também publicou fotos do dia 8 de maio que mostram Uliarte com uma pistola na cintura. Investigadores apontam que a arma seria a mesma usada por Sabag no ataque a Cristina.
Segundo o jornal La Nación, na noite da segunda-feira, a polícia fez três batidas policiais para apreender telefones celulares e aparelhos eletrônicos.
A imprensa argentina afirma ainda que o celular de Uliarte virou peça chave da investigação e que revelou que o casal teria planejado anteriormente assassinar Cristina, em um plano que “não se concretizou”.