“As tarifas de transporte e distribuição estão na nossa mira. Temos o compromisso do governador Eduardo Leite [do estado do Rio Grande do Sul] de avançarmos de forma conjunta na redução das tarifas de distribuição”, afirmou o ministro.
“Porque o gás argentino, para chegar ao Brasil, ele tem que ir até a Bolívia e entrar pelo Gasbol [Gasoduto Bolívia-Brasil] para o Brasil. E, se a gente considerar todo esse trajeto e todo o pagamento da tarifa de transporte, o gás chega a um preço elevado nos mercados do sudeste”, explica.
“É óbvio que nesse tipo de transação sempre existe risco político de ambos os lados, mas pelo menos, com o acordo, você criaria um horizonte de estabilidade e uma fonte de matéria-prima a preços competitivos para o gás natural disputar espaço na matriz energética brasileira”, afirma.
“Então a falta de um marco regulatório também unificado, menos complexo, também é um dos fatores. E outros relativos, por exemplo, à questão da utilização de combustíveis fósseis e toda a discussão política sobre incentivos, investimentos na expansão da utilização de combustíveis fósseis e a competitividade que vêm ganhando as energias renováveis.”
“Posso destacar que existe uma necessidade de maior flexibilização dos preços de exportação de gás pela Argentina. A necessidade de ajustes precisos de regulamentação, fator de atraso, servem para definir os valores, incluindo todos os custos do transporte na parte argentina e boliviana e, também, na parte nacional”, afirma.
“Forte em inovação tecnológica e inserção de energia a partir de biomassa (biocombustíveis), o Brasil tem se destacado na geopolítica energética global. Além de possuirmos uma matriz energética com predominância de fontes renováveis, temos a matriz elétrica com uma partição de: hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%), e, das fontes não renováveis, as maiores são gás natural (9%), petróleo (4%) e carvão mineral (1,75%). A imagem brasileira no cenário internacional é de referência”, afirma.
Fonte: sputniknewsbrasil