“Muitos desses países se recusam a condenar a Rússia por não estarem dispostos a, mais uma vez, seguir os ditames do Ocidente a respeito de como eles devem ou não devem se comportar ou como eles devem ou não interpretar eventos atualmente em curso não somente na Ucrânia, como no mundo”, afirma o especialista.
“A China também tem uma presença muito significativa no continente por conta de seus investimentos em infraestrutura e por ser o principal parceiro comercial da esmagadora maioria dos países africanos e na América do Sul, o que faz com que a aproximação dessas duas regiões com o BRICS seja natural, visto que Rússia e China representam as principais potências desse agrupamento.”
“Sua aproximação com o grupo acabaria por fazer do BRICS mais do que uma coalizão de potências econômicas emergentes, como originalmente idealizado, para se tornar um agrupamento mais amplo de Estados, cuja articulação diplomática reforçaria ainda mais seu caráter anti-hegemônico e em prol da multipolaridade ou ‘policentricidade’ nas relações internacionais”, conclui o especialista.