Após seis altas seguidas, IPCA para 2022 desce a 5,79%


Primeira queda em seis semanas, a previsão deste ano para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – indicador oficial de inflação – caiu de 5,92% para 5,79%, recuo, porém ainda muito distante da meta de 3,5% para 2022 (fixada pelo Conselho Monetário Nacional – CMN), que tem como banda mínima de 2% e teto de 5%), a qual deverá ser ‘estourada’ pelo segundo ano seguido. Para 2023, a projeção para o IPCA se manteve em 5,08%, a exemplo dos 3,5% previstos para 2024.  Os dados constam do Boletim Focus, divulgado nessa segunda (12) pelo Banco Central (BC).

Quanto maior o IPCA, mais pressionado é o BC a elevar a taxa básica de juros (Selic), hoje no patamar de 13,75% ao ano – mais alto em seis anos – mantido intacta, nessa última versão do Focus. Para o ano que vem, foi preservada a previsão da Selic em 11,75% ao ano. Ante à renitência da inflação alta, a autoridade monetária não mais menciona a possibilidade de corte nos juros, ou seja, se a Selic não aumenta, também não deve cair, tão cedo.

Com relação ao desempenho da economia, o Focus reiterou a projeção de 3,05% para o avanço do PIB (Produto Interno Bruto) este ano, assim como de 0,75% para o próximo. Em contraste, o governo atual projetou um crescimento econômico de 2,5% para 2022.

Enquanto isso, a estimativa para o câmbio, ficou ‘imexível’ em R$ 5,25 para este ano, o mesmo valendo para 2023. Também permaneceu constante, em US$ 55 bilhões, a previsão de superávit da balança comercial, ao passo que para 2023, esta avançou de US$ 58,15 bilhões para US$ 60 bilhões. Também houve expansão no que se refere ao ingresso de investimentos estrangeiros no país este ano, de US$ 78 bilhões para US$ 80 bilhões, o mesmo ocorrendo em relação ao ano que vem – de US$ 75 bilhões para US$ 76 bilhões.

Em contrapartida, a expectativa do boletim do BC é de que a dívida líquida caia de 57,70% para 57,30% do PIB este ano, enquanto foi mantida em 61,50% do PIB para 2023, subiu para 64% do PIB no ano seguinte e ficou em 65,80% do PIB, em 2025.

A exemplo da maioria dos indicadores, o resultado primário foi mantido em 1,29¨do PIB, ao passo que para o próximo ano este cresceu de 0,90% para 0,95%, mas permaneceu negativo em 2024, para -0,60% do PIB, superando a previsão anterior, de um déficit de 0,50% do PIB.

Fonte: capitalist

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