Após reuniões sobre tarifaço, governo anuncia encontro com empresários norte-americanos


Após reuniões sobre tarifaço, o governo anunciou o encontro com empresários estadunidenses. Geraldo Alckmin (PSB) comandou as primeiras duas reuniões do comitê, criado pelo governo para tratar do chamado “tarifaço” de Donald Trump.
O aumento de 50% nas tarifas sobre produtos de aço e alumínio brasileiros, anunciado pelos Estados Unidos, deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Após encontros com representantes da indústria, do agronegócio e de ministérios, Alckmin anunciou que, na quarta-feira (16), haverá uma reunião com empresários norte-americanos para ampliar a articulação e buscar soluções.
O ministro afirmou que o governo brasileiro busca uma saída rápida e negociada. “Nosso objetivo é resolver o problema o mais rápido possível, dialogando e mostrando que não tem sentido sobretaxar”, disse.
Ele revelou que o Brasil tentou abrir o canal diplomático diretamente com Washington. “Enviamos uma carta confidencial há dois meses, não obtivemos resposta”, voltou a dizer.

“É absolutamente incompreensível, porque o Brasil não é responsável por excesso de produção. Não tem subsídio, não tem dumping, não tem dano ao setor americano“, afirmou. “Aguardamos a resposta e continuamos empenhados em resolver os problemas”, completou.

O setor produtivo, presente na reunião, demonstrou preocupação com possíveis retaliações e sugeriu que o governo evite respostas precipitadas. Empresários pediram um prazo mais extenso para negociações e sugeriram o adiamento da entrada em vigor das tarifas.
O governo também estuda acionar as novas leis de Defesa Comercial e de Reciprocidade Econômica, o que permite responder a medidas hostis com contramedidas equivalentes. Mesmo assim, Alckmin manteve o tom de cautela. “Sempre tivemos diálogo com os Estados Unidos. Estamos reforçando esse diálogo, inclusive com os empresários americanos.”
Internamente, o episódio teve efeitos políticos. A reação de parte da direita ao tarifaço expôs divisões. Enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), adotou postura mais volátil, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) saiu em defesa da medida de Trump.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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