Após ordem de Milei, delegação da Argentina deixa conferência da ONU sobre o clima


O presidente da Argentina, Javier Milei, ordenou a retirada da delegação do país da 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), que acontece no Azerbaijão, nesta semana.

De acordo com o jornal La Nación, os três representantes do país enviados a Baku foram orientados pela Secretaria de Meio Ambiente a retornar a Buenos Aires, nesta quarta-feira (13).

O jornal argentino Clarín entrou em contato na terça-feira com o Ministério do Turismo e Esportes sobre o envio de funcionários da Casa Rosada para o país sede do evento da ONU e informou que diplomatas foram proibidos de participar da COP29.

Nos dias em que estiveram presentes no encontro de países, os membros da delegação argentina participaram de reuniões com o Grupo Sul, composto por Argentina, Brasil, Equador, Paraguai e Uruguai e com o G77, um bloco de 130 países em desenvolvimento e a China.

O mandatário argentino já deixou clara em outras ocasiões sua visão crítica sobre políticas dedicadas a tratar de mudanças climáticas, semelhante à do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, com quem deve se encontrar ainda nesta semana, na Flórida, onde também participará da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC).

Em setembro, Milei participou pela primeira vez de uma Assembleia Geral da ONU, ocasião na qual criticou as Nações Unidas por “impor uma agenda ideológica” aos seus países-membros e de não ser mais capaz de resolver os grandes problemas do mundo.

Na reunião, o presidente se recusou a assinar o Pacto para o Futuro, que inclui medidas como a reforma do Conselho de Segurança da ONU e ações para conter as mudanças climáticas. Em vez disso, Milei propôs o que chamou de “Agenda da Liberdade”.

“A Argentina vai abandonar a posição de neutralidade histórica que nos caracterizou. E vai estar na vanguarda da luta em defesa da liberdade”, disse o presidente.

O porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, comentou na manhã desta quinta-feira (14) o assunto. “Esta medida permite ao novo chanceler (Gerardo Werthein) há poucos dias no cargo, reavaliar a situação. A decisão faz parte das medidas que (ele) começou a tomar em seu novo papel”.

Fonte: gazetadopovo

Anteriores Criminoso morre em confronto com policiais da Força Tática e comparsa é preso
Próxima Armazenagem: Soluções para problema crônico no BR é tema de Seminário Modelo Harvard para produtores brasileiros