Após notificação brasileira, Meta volta atrás e diz que fim da checagem só vale para os EUA


Segundo afirmado ao governo brasileiro, as mudanças ocorrerão primeiro em solo estadunidense antes de serem despachadas para outros países.
“Planejamos criar, testar e melhorar as notas de comunidade nos Estados Unidos antes de qualquer expansão para outros países. Como parte desse processo de construção e lançamento, esperamos publicar mais informações sobre como as notas de comunidade funcionarão, incluindo os nossos planos para quaisquer relatórios de transparência relacionados ao seu uso”, diz o documento enviado à AGU.
Na última sexta-feira (10), a AGU notificou extrajudicialmente a Meta, a fim de que a companhia prestasse explicações sobre a substituição do seu programa de checagem de fatos por um de notas da comunidade, similar ao da rede de microblogging X (antigo Twitter).
O pedido, elaborado em reunião ministerial, indagava se o país seria afetado com as mudanças. A empresa, conhecida pelos serviços das redes sociais Instagram, Threads e Facebook, além do mensageiro WhatsApp, respondeu voluntariamente ao pedido no fim do prazo estabelecido, de 72 horas.
Há exatamente uma semana, no dia 7, a Meta havia publicado mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo. A medida de maior destaque foi o fim do programa de checagem de fatos. Segundo o diretor-executivo da companhia, os moderadores “foram muito enviesados” em suas contribuições.
Zuckerberg aproveitou o anúncio para se colocar ao lado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Em suas falas, o CEO afirmou que, nos países da América Latina, há “tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa”.
Dado o contexto de querelas entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a rede social X, de Elon Musk, bilionário e novo integrante do governo da Casa Branca, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República viu referências às cortes brasileiras.
O anúncio do fim do programa de moderação não gerou preocupações no Brasil. Na Europa, a disseminação de inverdades também preocupou os governos.
Em busca de coordenar esforços nesta situação, o presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou para o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira (10).
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Fonte: sputniknewsbrasil

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