Após longo rali, realização de lucros ‘derruba’ preços do minério de ferro


A realização de lucros, após o rali de preços mais longo, desde junho último, pressionou para baixo os preços dos contratos futuros de minério de ferro, na sessão desta quinta-feira (24), em meio à continuidade das preocupações dos traders ante os sinais de desaceleração econômica da China, agravadas pelas dificuldades expostas pelo setor imobiliário do gigante asiático.

Em consequência de tais fatores, o contrato do insumo siderúrgico, para setembro próximo, recuou 1,4% a US$ 111,65 a tonelada, na bolsa de Singapura, após uma sequência de altas, por cinco sessões seguidas. Ao mesmo tempo, na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China), a commodity para janeiro do ano que vem caiu 0,9%, a 811 iuanes (US$ 111,39) por tonelada, após ter atingido, na véspera (24), o pico de dois anos, de 832,50 iuanes.

No cômputo semanal, as bolsas de Dalian e Singapura acumularam elevação de 7% e 5%, respectivamente, ao passo que os preços dos contratos à vista igualmente atingiram máximas das últimas quatro semanas, ante à escalada de aversão ao risco, alimentada pela hesitação demonstrada, pelo governo de Pequim, quanto à adoção de medidas em favor da recuperação econômica do país oriental.  “O problemático setor imobiliário da China não mostra sinais de melhora”, disseram analistas do ANZ Group, para quem a fraqueza na demanda por aço provavelmente exercerá pressão descendente sobre o minério de ferro.

Em contraponto, a recuperação dos preços da commodity também foi favorecida pela redução dos estoques de minério, nos portos chineses, assim como pelo aumento da produção do aço, seu derivado, antes da chegada do período de maior atividade da construção civil, em setembro próximo. Analistas do Citibank, por sua vez, destacaram que “mesmo que a China aumentasse significativamente medidas adicionais de apoio agora, ainda haveria um lapso de tempo para que os seus efeitos se manifestassem”.

Enquanto permanecer a perspectiva de adiamento ou suspensão do corte da produção de aço pelas usinas siderúrgicas chinesas (a reboque da política de redução das emissões de carbono por Pequim), a tendência é de que uma eventual queda do preço do minério de ferro ocorra em menor proporção. Na avaliação do vice-presidente de pesquisa da Cofco Futures, Liu Jialiang, “há pouco espaço para aumentos nos preços do minério de ferro, já que as usinas estão sofrendo prejuízo”.

Fonte: capitalist

Anteriores “Muito ativa” aos 81 anos, Susana Vieira revela desejo ousado de participar de suruba: ‘Idade não é impedimento’
Próxima Governo propõe elevação de limite anual do MEI para R$ 144,9 mil