Após caírem 1,5% em abril, serviços crescem 0,9% em maio


Após recuar 1,5% em abril, o setor de serviços apresentou crescimento de 0,9% em maio último, acumulando alta de 4,8% no ano e de 6,4% em 12 meses, conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada, nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, os serviços – que abrangem os segmentos de comércio varejista, transporte, imobiliárias, turismo e alimentação – se mantêm 2% abaixo do patamar mais elevado da série histórica, atingido em dezembro do ano passado.

Para o avanço de maio deste ano, a maior contribuição foi dada pelo setor de transportes, que subiu 2,2%, de acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo: “O transporte de cargas e o de passageiros avançaram no mês. Já sob a ótica do modal, os principais impactos para o resultado positivo vieram do rodoviário de cargas, do aéreo de passageiros e do aquaviário de cargas”, afirmou.

Uma das explicações para a participação crescente dos transportes no setor de serviços, prossegue Lobo, diz respeito à mudança de comportamento do consumidor, durante a pandemia, cujas compras passaram a ser feitas pela Internet, o que serviu para dinamizar os serviços de frete. Na época, conta o gerente, “houve “o boom do comércio eletrônico, com a migração em larga escala das vendas em lojas físicas para as plataformas online”.

Outra influência positiva no indicador veio da atividade agropecuária, acentua Lobo. “Os recordes da safra de grãos acabam influenciando os transportes, especialmente o rodoviário de cargas. Esse impacto não é de agora. A partir de maio de 2020, ainda no início da pandemia de covid-19, houve um crescimento importante desse setor, muito ligado ao aumento na produção agrícola”.

Um exemplo do potencial de crescimento do agronegócio pode ser encontrado no estado de Mato Grosso, cujos serviços cresceram 22,5% em maio deste ano. “O setor agro influencia muito o transporte rodoviário de cargas. Os transportes representam 77% dos serviços de Mato Grosso, então qualquer movimentação de crescimento ou de queda determina o resultado do setor no estado”, ressalta o gerente da pesquisa.

Sem contar os transportes, o segmento que exerceu maior influência foi o de serviços prestados às famílias, que subiram 1,1% em maio, além das atividades turísticas, com alta de 4%, o que representa o segundo resultado positivo seguido e está 5,6% acima do patamar de verificado em fevereiro de 2020, no período pré-pandemia.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o setor de serviços respondeu por 521.540 das 865.365 vagas criadas nos primeiros cinco meses deste ano.

Fonte: capitalist

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