Apoio de US$ 18 bilhões da UE para Kiev será condicionado a mudanças políticas


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O mecanismo de assistência financeira para Kiev, no valor de US$ 18,1 bilhões (R$ 93,35 bilhões), será apresentado pela Comissão Europeia na quarta-feira (9), informou a Bloomberg. De acordo com a publicação, ele “será dotado de um conjunto de condições“.

“O plano fornecerá uma base sustentável para cobrir as finanças da Ucrânia em 2023, mantendo a flexibilidade para ajustar a ajuda de acordo com as mudanças nas necessidades de financiamento”, disse a Comissão Europeia ao anunciar o plano.

Segundo a agência de notícias, a estratégia europeia é fornecer “empréstimos fortemente concessionais” para cobrir necessidades urgentes, assim como restaurar a infraestrutura crítica e fornecer apoio primário para a reconstrução.
Ao mesmo tempo, a atribuição de empréstimos estará condicionada ao cumprimento por Kiev de uma série de condições, incluindo o fortalecimento do Estado de direito e da governança, e a luta contra a corrupção e as fraudes.
A Ucrânia deve cumprir essas condições inclusive para continuar com o seu processo de adesão à União Europeia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa no Parlamento Europeu durante a apresentação do programa de atividades da presidência da República Tcheca na UE, em 6 de julho de 2022, em Estrasburgo, no leste da França - Sputnik Brasil, 1920, 06.11.2022

A preocupação internacional envolvendo casos de corrupção, tráfico de armas e restrições democráticas na Ucrânia foi apontada reiteradas vezes nos últimos meses. No mês passado, o Departamento de Estado dos EUA anunciou planos para combater o tráfico de armas enviadas para Kiev.
Além de alertas da Interpol e das autoridades europeias, o Departamento de Estado dos EUA também reconhece que a soberania e as instituições democráticas do governo ucraniano estão ameaçadas pela corrupção interna.
Bruxelas já havia proposto um novo pacote de ajuda à Ucrânia para 2023. Entre dificuldades, o novo plano exige o uso do orçamento da UE como garantia para arrecadar fundos para Kiev, o que envolve a mudança das regras que exigem o apoio unânime de 27 Estados membros.
Isso, entretanto, pode ser complicado. A Hungria disse que não apoiaria mais fundos conjuntos da UE para a Ucrânia.
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, chega à cúpula da União Europeia no Castelo de Praga, na República Tcheca, em 7 de outubro de 2022 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2022

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