Apoio de Pequim à economia chinesa leva petróleo ao maior nível em dez semanas


A exemplo da valorização da valorização do minério do ferro, a disposição da China de incentivar o crescimento de sua economia (a segunda maior do planeta) foi determinante para elevar os preços do petróleo ao maior patamar em dez semanas, movimento também beneficiado pelo recuo do dólar – o índice DXY caiu 0,24%, a 101,730 pontos.

Como resultante desses fatores, o barril do petróleo WTI (referência ianque) com entrega para setembro próximo registrasse alta de 2,41% a US$ 74,71, ao passo que o Brent (referência global) subiu 2,20% a US$ 79,40 o barril.

Em outra projeção, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com vencimento em agosto valorizou 1,23% (+US$ 0,92), a US$ 75,75 o barril, enquanto o Brent, com vencimento em setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), a alta foi de 0,89% (+US$ 0,71), a US$ 80,11 o barril.

No front tupiniquim, o destaque ficou por conta da subida de 3% das ações da Prio (PRIO3), que passou a ser cotada a R$ 40,70, uma das maiores altas do Ibovespa. Em contrapartida, os papéis da Petrobras (PETR4) recuaram 1,35% a R$ 29,15, como reflexo da reação negativa de investidores em relação à política de preços da petroleira, sob suspeita de interferência do Planalto. No mês passado as ações da companhia despencaram após esta anunciar a redução de 4,66% do preço da gasolina.

No plano internacional, a retração do dólar refletiu a ‘desaceleração’ do índice de preços dos EUA (CPI, na sigla em inglês), além da expectativa do mercado – o indicador avançou 3% em junho, no comparativo anual, enquanto seu núcleo cresceu 4,8% – o que levou analistas a preverem que o Federal Reserve (Fed) deverá adotar uma postura menos rígida nos próximos aumentos das taxas de juros.

Para o analista da consultoria Oanda, Craig Erlam, “qualquer coisa que possa permitir um pouso suave (slow landing) nos EUA, melhor para o petróleo”. Para especialistas, caso o Brent permaneça acima do nível de US$ 80, isso pode favorecer, inclusive, as cotações do WTI.

Quanto às perspectivas desse mercado volátil, Erlam avalia que “o movimento de alta também sugere que os esforços mais recentes da Arábia Saudita e da Rússia estão trabalhando para apertar os mercados e aumentar os preços após vários esforços fracassados”. Em contraponto, os ganhos do petróleo têm sido limitados pelos estoques elevados da commodity nos Estados Unidos.

Fonte: capitalist

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