“Com a agenda humanitária de urgência em Gaza, temos, sim, uma complementação de posições dos cenários doméstico, da relação Brasil e EUA e da posição de dois países do BRICS — África do Sul e agora Brasil — diante do genocídio e apartheid israelense contra o povo palestino”, afirma.
“Na década anterior o modelo foi a aplicação de lawfare, como no caso da operação Lava Jato, e agora é a pressão comercial com a presença de elementos domésticos de extrema-direita, ideológica e no plano econômico.”
“Isso pode reduzir ainda mais a popularidade dele [Lula] entre segmentos, principalmente evangélicos, que apoiam a causa israelense emulando o movimento evangélico dos EUA. Então realmente está aí uma prova de que se trata de uma movimentação fundamentada em princípios, e não em interesses eleitorais.”
“Ocorre que as tarifas que Trump pretende impor ao Brasil, e que na verdade são sanções e embargos, dadas a dimensão política e a ausência de justificativa técnica, também prejudicam empresas e consumidores dos EUA.”
“Mas é preciso também mobilizar a sociedade brasileira internamente em defesa da nossa soberania, e isso deve ser feito não só no tema das tarifas, mas também denunciando o vínculo de Trump com [Jair] Bolsonaro e ainda o papel das big techs na corrosão da democracia”, conclui o especialista.
Fonte: sputniknewsbrasil