“Austin está correto — mas quando ele diz derrota estratégica, ninguém no Congresso ou no Senado parece entender do que ele está falando”, disse a tenente-coronel aposentada da Força Aérea dos EUA Karen Kwiatkowski, ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA, à Sputnik. “Uma derrota estratégica para Israel já ocorreu em muitos aspectos, uma vez que quase todos os seus aliados ocidentais tiveram que reprimir as manifestações internas e o exercício da liberdade de expressão. [As suas] ações estão lhe custando a fé das populações que nele [o Estado judeu] anteriormente podiam confiar — e prejudicando os partidos políticos e os políticos nos seus próprios países.”
“Não posso dizer se o governo dos EUA está tentando se distanciar das ações de Israel ou fazer com que Israel acelere a evacuação e a destruição de Gaza para que a próxima fase possa ser iniciada e a situação se torne um problema da ONU […] e saia dos feeds [de notícias] das redes sociais e das primeiras páginas da mídia global. Dada a constituição do governo dos EUA e sua história de apoio não questionado e inquestionável a Israel, seria a última [fazer com que Israel acelere a evacuação e a destruição de Gaza]. A mensagem dos EUA, de Austin e da administração dos EUA não é ‘Pare’, mas sim ‘Faça isso!'”, sugeriu Kwiatkowski.
A derrota estratégica de Israel no Oriente Médio
“Uma derrota estratégica está começando a ocorrer também no Oriente Médio, onde os muitos anos de diplomacia israelense, pagamentos e comércio com os [seus] vizinhos árabes e turcos criaram boas relações provisórias — todas destruídas a cada dia, à medida que esses governos e populações reconhecem que a boa vontade passada de Israel é uma manobra, e não confiável. Ocorreu também uma derrota estratégica, visto que Israel não só anunciou a sua capacidade nuclear, mas também [os] ameaçou com ela — e isso é algo com que a região e os aliados israelenses devem estar preocupados”, disse Kwiatkowski.
Fonte: sputniknewsbrasil